Vojtech Jasný (Tchecoslováquia)
Um dia, um gato (em checo, Až přijde kocour), é um filme tcheco-eslovaco de 1963 dirigido por Vojtěch Jasný. Em inglês também foi lançado com os títulos The Cassandra cat, When the cat comes, The cat who wore sunglasses, One day a cat e That cat..
O filme ganhou dois prêmios importantes no Festival de Cannes de 1963, incluindo o Prêmio Especial do Júri de Cannes. Após uma restauração digital, o filme foi exibido na seção Cannes Classics do Festival de Cannes de 2021 e versões digitais foram lançadas nos cinemas em toda a República Tcheca.
O enredo
Robert é um professor em uma aldeia boêmia não especificada. Ele está sob estresse de Charlie, o ameaçador prefeito da cidade que controla os acontecimentos na cidade, e de sua amante infiel e indiferente. Robert é forçado a ensinar a seus alunos uma visão “preto e branco” da vida e uma visão realista da arte, sufocando a imaginação.
Para uma aula de pintura “artística”, Oliva, um castelão (e contador de histórias), é convidado como modelo. Em vez de posar como modelo, Oliva conta a história de um gato com óculos de sol – cujos olhos revelavam a verdadeira natureza da condição humana através da cor. Vermelho, importante, era a cor dos “amantes” – pessoas bem-intencionadas, enquanto cores como amarelo e roxo eram reservadas para os infiéis, invejosos e indisciplinados. As pessoas “normais” eventualmente mataram o gato, pois não queriam que os outros soubessem quem era bom ou ruim.
No meio de um espetáculo de circo chegando à cidade, o gato de Robert desaparece e ele é levado a Diana – uma atriz que faz parte da apresentação. Ele conhece o mágico que se assemelha muito a Oliva e fala com Robert sobre sua “natureza” – brincando com Robert sobre sua escolha de roupas “normais”.
Durante a apresentação para toda a cidade, as histórias de Oliva sobre o gato se concretizam quando o gato é revelado a todos que estão assistindo – e Diana tira seus óculos de sol. O momento em que as cores de todos são reveladas enlouquece a cidade inteira, brigando consigo mesmos. Robert, cuja verdadeira natureza é vermelha, se sente enfeitiçado por Diana – e os dois embarcam em um passeio romântico e idílico.
Enquanto o gato é encontrado mais tarde por crianças na floresta, o funcionário da escola o rouba e tenta matá-lo – orquestrado por Charlie. Robert é encarregado de ensinar crianças sobre uma cegonha taxidermizada na frente de Charlie, mas comovido pelo poder do gato, dá um discurso emocionante para as crianças de que elas não deveriam ter que estudar o animal morto. Isso irrita Charlie e os superiores da cidade, que tentam incriminar Robert por matar o gato.
