A substituição de empregos formais por ocupações informais, muitas vezes mediadas por aplicativos, expõe trabalhadores à insegurança econômica e à ausência de direitos básicos.
A análise marxista das transformações contemporâneas no mundo do trabalho, como o microtrabalho, a uberização e a lumpenproletarização, revela desafios significativos para a classe trabalhadora e para os comunistas que buscam compreender e intervir nessas dinâmicas.
O microtrabalho refere-se a tarefas fragmentadas e de curta duração, frequentemente mediadas por plataformas digitais. A uberização, por sua vez, caracteriza-se pela intermediação de serviços por aplicativos, onde trabalhadores são tratados como autônomos, sem vínculos empregatícios formais. Essas modalidades flexibilizam as relações laborais, mas também precarizam o trabalho, retirando direitos e garantias históricas. A ausência de benefícios como previdência, férias remuneradas e proteção contra demissões arbitrárias coloca os trabalhadores em situação vulnerável.
A lumpenproletarização, conceito marxista que descreve a degradação de segmentos do proletariado a condições de subsistência marginal, é observada quando trabalhadores são empurrados para atividades informais e instáveis. A expansão do trabalho mediado por plataformas digitais pode contribuir para esse fenômeno, ao desestruturar empregos formais e empurrar trabalhadores para a informalidade.
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