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Arquivo da categoria: Pablo Neruda
Vinte poemas de amor e uma canção desesperada – IV (Pablo Neruda)
É a manhã cheia de tempestadeno coração do verão. Como lenços brancos de adeus viajam as nuvens,o vento as sacode com suas mãos viajantes. Inumerável coração do ventobatendo sobre nosso silêncio enamorado. Zumbindo entre as árvores, orquestral e divino,como uma … Continue lendo
Ode ao gato (Pablo Neruda)
Os animais foram imperfeitos, compridos de rabo, tristes de cabeça. Pouco a pouco se foram compondo, fazendo-se paisagem, adquirindo pintas, graça, voo. O gato, só o gato apareceu completo e orgulhoso: nasceu completamente terminado, anda sozinho e sabe o que … Continue lendo
Pedras Antárticas (Pablo Neruda)
Ali termina tudo e não termina: ali começa tudo se despedem os rios no gelo, o ar se há casado com a neve, não há ruas nem cavalos e o único edifício o construiu a pedra. Ninguém habita o castelo … Continue lendo
A tartaruga (Pablo Neruda)
A tartaruga que andou tanto tempo e tanto viu com seus antigos olhos, a tartaruga que comeu azeitonas do mais profundo mar, a tartaruga que nadou sete séculos e conheceu sete mil primaveras, a tartaruga blindada contra o calor e … Continue lendo
Soneto LXVI (Pablo Neruda)
Não te quero senão porque te quero e de querer-te a não querer-te chego e de esperar-te quando não te espero passa meu coração do frio ao fogo. Te quero só porque a ti te quero, te odeio sem fim, … Continue lendo
Poema VI (Pablo Neruda)
Te recordo como eras no último outono. Eras a boina cinza e o coração em calma. Em teus olhos pelejavam as chamas do crepúsculo. E as folhas caiam na água de tua alma. Apegada a meus braços como uma trepadeira, … Continue lendo
Soneto XLIV (Pablo Neruda)
Saberás que não te amo e que te amo posto que de dois modos é a vida, a palavra é uma asa do silêncio, o fogo tem uma metade de frio. Eu te amo para começar a amar-te, para recomeçar … Continue lendo