Soneto LXVI (Pablo Neruda)

Não te quero senão porque te quero
e de querer-te a não querer-te chego
e de esperar-te quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.

Te quero só porque a ti te quero,
te odeio sem fim, e odiando-te te rogo,
e a medida de meu amor viageiro
é não ver-te e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de janeiro,
seu raio cruel, meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego.

Nesta história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo.

(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)

» Biografia de Pablo Neruda

Soneto LXVI
Pablo Neruda

No te quiero sino porque te quiero
y de quererte a no quererte llego
y de esperarte cuando no te espero
pasa mi corazón del frío al fuego.

Te quiero sólo porque a ti te quiero,
te odio sin fin, y odiándote te ruego,
y la medida de mi amor viajero
es no verte y amarte como un ciego.

Tal vez consumirá la luz de Enero,
su rayo cruel, mi corazón entero,
robándome la llave del sosiego.

En esta historia sólo yo me muero
y moriré de amor porque te quiero,
porque te quiero, amor, a sangre y fuego.

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4 Responses to Soneto LXVI (Pablo Neruda)

  1. João Victor Potter disse:

    Lindo,muito lindo.
    me ajudou no trabalho escolar!;*

  2. Priscila Venâncio disse:

    Neruda é um gênio da poesia Latina que, com suavidade, demonstra o mais puro sentimento de importar-se com o outro e consigo.

  3. Olá. Eu amo seu post obrigado.

  4. Maria do Carmo de Lima Bomfim disse:

    Maravilhoso poeta!

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