Arquivo do Autor: Zezé Pina

O sol, a rosa e o menino (Miguel Hernández)

O sol, a rosa e o menino flores de um dia nasceram. Os de cada dia são Sois, flores, meninos novos. Amanhã não serei eu: outro será o verdadeiro. E não serei mais além de quem queira sua lembrança. Flor … Continue lendo

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Os mensageiros negros (César Vallejo)

Há golpes na vida, tão fortes… eu não sei! Golpes como o ódio de Deus; como se ante eles, a ressaca de todo o sofrido se estagna na alma… eu não sei! São poucos; mas são… abrem poças escuras no … Continue lendo

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Tenho andado muitos caminhos (Antonio Machado)

Tenho andado muitos caminhos tenho aberto muitas veredas; tenho navegado em cem mares e atracado em cem ribeiras Em todas partes tenho visto caravanas de tristeza orgulhosos e melancólicos borrachos de sombra negra. E pedantes ao pano que olham, calam … Continue lendo

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À sombra te sentas das desnudas rochas (Rosalía de Castro)

À sombra te sentas das desnudas rochas, e no canto te escondes onde zumbe o inseto, e ali onde as águas estancadas cochilam e não há irmãos seres que interrompam teus sonhos, quem soubesse em que pensas, amor de meus … Continue lendo

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Poema do renunciamento (José Angel Buesa)

Passarás por minha vida sem saber que passaste Passarás em silêncio por meu amor e, ao passar, fingirei um sorriso, como um doce contraste de dor de querer-te… e jamais o saberás. Sonharei com o nácar virginal de tua testa; … Continue lendo

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Silêncio (Juana de Ibarbourou)

Minha casa tão longe do mar. Minha vida tão lenta e cansada. Quem me dera deter-me a sonhar! Uma noite de lua na praia! Morder musgos avermelhados e ácidos E ter por fresquíssimo travesseiro Um montão dessas curvas pedras Que … Continue lendo

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Implacável (Juana de Ibarbourou)

E te dei o cheiro De todas minhas dálias e narcos em flor. E te dei o tesouro Das fundas minas de meus sonhos de ouro. E te dei mel, Do favo moreno que finge minha pele. E tudo te … Continue lendo

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Tu que nunca serás (Alfonsina Storni)

Sábado foi e caprichoso o beijo dado, Capricho de varão, audaz e fino Mas foi doce o capricho masculino A este meu coração, lobinho alado. Não é que creia, não creio, se inclinado sobre minhas mãos te senti divino E … Continue lendo

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