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Arquivo da categoria: Jorge Luis Borges
Jactância de quietude (Jorge Luis Borges)
Escrituras de luz embestem a sombra, mais prodigiosa que meteoros. A alta cidade irreconhecível se faz violenta sobre o campo. Seguro da minha vida e da minha morte, vejo aos ambiciosos e quisera entendê-los. Seu dia é ávido como o … Continue lendo
Dulcia Linquimus Arva (Jorge Luis Borges)
Minha canção de crioulo final, pela noite acrescida de relâmpagos no expresso do Sul que quebra o fundo e perde os campos. Uma amizade fizeram meus avós Com esta distância E conquistaram a intimidade do Pampa e ligaram a sua … Continue lendo
Everness (Jorge Luis Borges)
Só uma coisa não há. É o esquecimento. Deus, que salva o metal, salva a escoria E cifra na sua profética memória as luas que serão e que hão sido. Já tudo está. Os mil reflexos, Que entre os dois … Continue lendo
A felicidade (Jorge Luis Borges)
O que abraça a uma mulher é Adão. A mulher é Eva. Tudo acontece pela primeira vez. Hei visto uma coisa branca no céu. Dizem-me que é a lua, mas que posso fazer com uma palavra e com uma mitologia. … Continue lendo
Cosmogonia (Jorge Luis Borges)
Nem treva nem caos. A treva Requer olhos que veem, como o som. E o silêncio requer o ouvido, O espelho, a forma que o povoa. Nem o espaço nem o tempo. Nem sequer Uma divindade que premedita O silêncio … Continue lendo
Sonha Alonso Quijano (Jorge Luis Borges)
O homem se desperta de um incerto Sonho de espadas e de campo plano E se toca a barba com a mão e se pergunta se está ferido ou morto. Não o perseguirão os feiticeiros que hão jurado seu mal … Continue lendo