Silêncio (Juana de Ibarbourou)

Minha casa tão longe do mar.
Minha vida tão lenta e cansada.
Quem me dera deter-me a sonhar!
Uma noite de lua na praia!
Morder musgos avermelhados e ácidos
E ter por fresquíssimo travesseiro
Um montão dessas curvas pedras
Que há polido o sal das águas.
Dar o corpo aos ventos sem nome
Abaixo o arco do céu profundo
E ser toda uma noite, silêncio,
No vazio ruidoso do mundo.

(Tradução Hector Zanetti)

Silencio
Juana Ibarbourou

Mi casa tan lejos del mar.
Mi vida tan lenta y cansada.
!Quién me diera tenderme a soñar
Una noche de luna en la playa!
Morder musgos rojizos y ácidos
Y tener por fresquísima almohada
Un montón de esos curvos guijarros
Que ha pulido la sal de las aguas.
Dar el cuerpo a los vientos sin nombre
Bajo el arco del cielo profundo
Y ser toda una noche, silencio,
En el hueco ruidoso del mundo.

Esta entrada foi publicada em Juana de Ibarbourou e marcada com a tag , , . Adicione o link permanente aos seus favoritos.

One Response to Silêncio (Juana de Ibarbourou)

  1. jullyanne disse:

    Achei muito bom esse poema e muito legal quero ver mais desses ADOREI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *