O nome da pátria (Oscar Acosta)

Minha pátria é altíssima.
Não posso escrever uma letra sem ouvir
o vento que vem de seu nome.
Sua forma irregular a faz mais bela
porque dão desejos de formá-la, de fazê-la
como a uma criança a quem se ensina a falar,
a dizer palavras ternas e verdadeiras,
a quem se lhe mostram os perigos do mundo.

Minha pátria é altíssima.
Por isso digo que seu nome se descompõe
em milhões de coisas para recordá-la.
O hei ouvido soar nos caracóis incessantes.
Vinha nos cavalos e nos fogos
que meus olhos hão visto e admirado.
O traziam as moças formosas na voz
e em uma guitarra.

Minha pátria é altíssima.
Não posso imaginá-la abaixo do mar
ou escondendo-se embaixo de sua própria sombra.
Por isso digo que mais além do homem,
do amor que nos dão em conhecimento,
da presença viva do cadáver,
está ardendo o nome da pátria.

(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)

El nombre de la patria
Oscar Acosta

Mi patria es altísima.
No puedo escribir una letra sin oír
el viento que viene de su nombre.
Su forma irregular la hace más bella
porque dan deseos de formarla, de hacerla
como a un niño a quien se enseña a hablar,
a decir palabras tiernas y verdaderas,
a quien se le muestran los peligros del mundo.

Mi patria es altísima.
Por eso digo que su nombre se descompone
en millones de cosas para recordármela.
Lo he oído sonar en los caracoles incesantes.
Venía en los caballos y en los fuegos
que mis ojos han visto y admirado.
Lo traían las muchachas hermosas en la voz
y en una guitarra.

Mi patria es altísima.
No puedo imaginármela bajo el mar
o escondiéndose bajo su propia sombra.
Por eso digo que más allá del hombre,
del amor que nos dan en cucharadas,
de la presencia viva del cadáver,
está ardiendo el nombre de la patria.

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