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Arquivo da categoria: Luiz Cernuda
Os marinheiros são as asas do amor (Luiz Cernuda)
Os marinheiros são as asas do amor, são os espelhos do amor, o mar lhes acompanha, e seus olhos são dourados o mesmo que o amor dourado é também, igual que são seus olhos. A alegria vivaz que vertem nas … Continue lendo
Estou cansado (Luiz Cernuda)
Estar cansado tem plumas, tem plumas graciosas como um louro, plumas que desde logo nunca voam, mas balbuciam igual que louro. Estou cansado das casas, prontamente em ruínas sem um gesto; estou cansado das coisas, com um bater de seda … Continue lendo
O vento e a alma (Luiz Cernuda)
Com tal veemência o vento vem do mar, que seus sons elementares contagiam o silêncio da noite. Só em tua cama o escutas insistente nos cristais tocar, chorando e chamando como perdido sem ninguém. Porém não é ele quem em … Continue lendo
Contigo (Luiz Cernuda)
Minha terra? Minha terra és tu. Minha gente? Minha gente és tu. O desterro e a morte para mim estão onde não estejas tu. E minha vida? Diz-me, minha vida, que é, senão és tu? (Tradução de Maria Teresa Almeida … Continue lendo
Os espinhos (Luiz Cernuda)
Verdor novo os espinhos têm já pela colina, toda de púrpura e neve no ar estremecida. Quantos céus florescidos os hás visto; embora ao encontro eles serão sempre fieis, tu não o serás um dia. Antes que a sombra caia, … Continue lendo
O andaluz (Luiz Cernuda)
Sombra feita de luz, que amenizando repele, é fogo com neve o andaluz. Enigma ao transluz, pois vai entre gente só, o amor com ódio o andaluz Oh irmão meu, tu. Deus, que te creia, será quem compreenda ao andaluz. … Continue lendo