Arquivo da categoria: Gabriela Mistral

Seu nome é hoje (Gabriela Mistral)

Somos culpados de muitos erros e faltas porém nosso pior crime é o abandono das crianças negando-lhes a fonte da vida Muitas das coisas de que necessitamos podem esperar. A criança não pode Agora é o momento em que seus … Continue lendo

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Decálogo do artista (Gabriela Mistral)

I. Amarás a beleza, que é a sombra de Deus sobre o Universo. II. Não há arte ateia. Embora não ames ao Criador, o afirmarás criando a sua semelhança. III. Não darás a beleza como isca para os sentidos, se … Continue lendo

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Pezinhos (Gabriela Mistral)

Pezinhos de criança azulados de frio Como os veem e não os cobrem, Deus meu! Pezinhos feridos pelas pedras todas, ultrajados de neves e lodos! O homem cego ignora que por onde passais, uma flor de luz viva deixais; Que … Continue lendo

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A casa (Gabriela Mistral)

A mesa, filho, está posta em brancura quieta de nata, e em quatro muros que mostram sua cor azul dando brilhos, a cerâmica. Este é o sal, este o azeite e ao centro o Pão que quase fala. Ouro mais … Continue lendo

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Todas íamos ser rainhas (Gabriela Mistral)

Todas íamos ser rainhas de quatro reinos sobre o mar: Rosalia com Efigenia e Lucila com Soledad. No vale de Elqui, rodeado de cem montanhas ou de mais, que como oferendas ou tributos ardem em vermelho e açafrão. O dizíamos … Continue lendo

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Sonetos da morte (Gabriela Mistral)

Do nicho gelado em que os homens te puseram, Abaixar-te-ei à terra humilde e ensolarada. Que hei de dormir-me nela os homens não souberam, que havemos de sonhar sobre o mesmo travesseiro. Deitar-te-ei na terra ensolarada com uma doçura de … Continue lendo

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Desolação (Gabriela Mistral)

A bruma espessa, eterna, para que esqueça de onde Me há jogado ao mar em sua onda de salmoura. A terra a que vim não tem primavera: tem sua noite longa que como mãe me esconde. O vento faz à … Continue lendo

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Ausência (Gabriela Mistral)

Se vai de ti meu corpo gota a gota. Se vai minha cara no óleo surdo; Se vão minhas mãos em mercúrio solto; Se vão meus pés em dois tempos de pó. Se vai minha voz, que te fazia sino … Continue lendo

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Apegado a mim (Gabriela Mistral)

Floco de lã de minha carne, que em minha entranha eu teci, floco de lã friorento, dorme apegado a mim! A perdiz dorme no trevo escutando-o pulsar: não te perturbem meus alentos, dorme apegado a mim! Ervazinha assustada assombrada de … Continue lendo

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A flor do ar (Gabriela Mistral)

Eu a encontrei por meu destino, de pé a metade da pradaria, governadora do que passe, do que lhe fale e que a veja. E ela me disse: “Sobe ao monte. Eu nunca deixo a pradaria, e me cortas as … Continue lendo

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