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Arquivo da categoria: Federico Garcia Lorca
Gazela do amor com cem anos (Federico García Lorca)
Sobem pela ruaos quatro galãs. Ai, ai, ai, ai. Pela rua abaixovão os três galãs. Ai, ai, ai. Se apertam a cinturaesses dois galãs. Ai, ai. Como volta o rostoum galã e o ar! Ai. Pelas murtasnão passeia ninguém. (Tradução … Continue lendo
Casida da rosa (Federico García Lorca)
A rosanão buscava a aurora:Quase eterna em seu ramobuscava outra coisa. A rosanão buscava nem ciência nem sombra:Confim de carne e sonhobuscava outra coisa. A rosanão buscava a rosa:Imóvel pelo céubuscava outra coisa! (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Obs: … Continue lendo
É verdade (Federico García Lorca)
Ai que trabalho me dáquerer-te como te quero! Por teu amor me dói o ar,o coraçãoe o chapéu. Quem compraria a mimesta tiara que tenhoe esta tristeza de fiobranco, para fazer lenços? Ai que trabalho me dáquerer-te como te quero! … Continue lendo
Ai! (Federico García Lorca)
O grito deixa no ventouma sombra de cipreste. (Deixe-me neste campo,chorando) Tudo se há quebrado no mundoNão resta mais que o silêncio. (Deixe-me neste campo,chorando) O horizonte sem luzestá desfalcado de fogueiras. (Já lhes disse que me deixemneste campo,chorando) (Tradução … Continue lendo
Terra seca (Federico García Lorca)
Terra secaterra quietade noitesimensas (Vento no olivalvento na serra.) Terravelhado candile da pena.Terradas fundas cisternas. Terrada morte sem olhose das flechas. (Vento dos caminhos.Brisa nas alamedas.) (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Tierra secaFederico García Lorca Tierra secatierra quietade nochesinmensas. … Continue lendo
Minha menina se foi ao mar (Federico Garcia Lorca)
Minha menina se foi ao mar a contar ondas e pedrinhas, porém se encontrou, de pronto, com o rio de Sevilha. Entre adelfas e sinos cinco barcos se mexiam, com os remos na água e as velas na brisa. Quem … Continue lendo
Surpresa (Federico Garcia Lorca)
Morto ficou na rua com um punhal no peito. Não o conhecia ninguém. Como tremia o farol, mãe! Como tremia o pequeno farol da rua! Era madrugada. Ninguém pôde assomar-se a seus olhos abertos ao duro ar. Que morto ficou … Continue lendo
Canção tonta (Federico Garcia Lorca)
Mama. Eu quero ser de prata. Filho, Terás muito frio. Mama, eu quero ser de água. Filho, Terás muito frio. Mama. Borda-me em teu travesseiro. Isso sim! Agora mesmo! (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) » Biografia de Federico Garcia … Continue lendo
O lagarto está chorando (Federico Garcia Lorca)
O lagarto está chorando A lagarta está chorando O lagarto e a lagarta Com aventaizinhos brancos Hão perdido sem querer Seu anel de casamento Ai! Seu anelzinho de chumbo, Ai, seu anelzinho chumbado Um céu grande e sem gente Monta … Continue lendo