Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina

Façamos um trato (Mario Benedetti)

Companheira você sabe que pode contar comigo não até dois ou até dez senão contar comigo se alguma vez percebe que a olho nos olhos e um brilho de amor reconheces nos meus não alerte seus fuzis nem pense que … Continue lendo

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Poema do regresso (José Angel Buesa)

Venho do fundo escuro de uma noite implacável, e contemplo os astros com um gesto de assombro. Ao chegar à tua porta me confesso culpável, e uma pomba branca se me pousa no ombro Meu coração humilde se detém em … Continue lendo

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Tática e estratégia (Mario Benedetti)

Minha tática é olhar-te aprender como tu és querer-te como tu és minha tática é falar-te e escutar-te construir com palavras uma ponte indestrutível minha tática é ficar em tua lembrança não sei como nem sei com que pretexto porém … Continue lendo

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Soneto (Louise Labé)

Nem heróis como Ulisses e outros mais Por mais sagazes e por mais divinos Cheios de graça e louros peregrinos Desafios provaram aos meus iguais. Brilho desses olhos tão sensuais Tanto inflamou meus sonhos femininos Que para meus ardores repentinos … Continue lendo

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Poema (Louise Labé)

Belos olhos que fingem não me ver Mornos suspiros, lágrimas jorradas Tantas noite em vão desperdiçadas Tantos dias que em vão vi renascer; Queixas febris, vontades obstinadas Tempo perdido, penas sem dizer, Mil mortes me aguardando em mil ciladas Que … Continue lendo

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Ontem à noite (Marguerite Duras)

Ontem à noite, depois da sua partida definitiva, fui para aquela sala do rés-do-chão que dá para o parque, fui para ali onde fico sempre no mês de junho, esse mês que inaugura o Inverno. Tinha varrido a casa, tinha … Continue lendo

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Criatividade (Paolo Satta)

Criatividade a qual vulcanicamente sentes em teu íntimo. Vontade de explodir em tua máxima capacidade. Tudo se torna uma melodia, profundamente sentida. Profundamente tua. (Tradução de Patrizia Streparava) Creatività Paolo Satta Creatività che vulcanicamente senti nel tuo intimo. Voglia di … Continue lendo

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Pedra preta sobre pedra branca (César Vallejo)

Morrerei em Paris com aguaceiro, um dia do qual tenho já a lembrança. Morrerei em Paris – e não me apresso – talvez em uma quinta-feira, como é hoje, de outono. Quinta-feira será, porque hoje, quinta, que proseio estes versos, … Continue lendo

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Amor, de tarde (Mario Benedetti)

É uma lástima que não estejas comigo quando olho o relógio e são quatro e acabo a planilha e penso dez minutos e estiro as pernas como todas as tardes e faço assim com os ombros para afrouxar as costas … Continue lendo

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Soneto XLIV (Pablo Neruda)

Saberás que não te amo e que te amo posto que de dois modos é a vida, a palavra é uma asa do silêncio, o fogo tem uma metade de frio. Eu te amo para começar a amar-te, para recomeçar … Continue lendo

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