Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina

A oração da mestra (Gabriela Mistral)

Senhor! Tu que ensinaste, perdoa que eu ensine; que leve o nome de mestra, que Tu levaste pela Terra. Dá-me o amor único de minha escola; que nem a queimadura da beleza seja capaz de roubar-lhe minha ternura de todos … Continue lendo

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A minha Josefina (Miguel Hernández)

Tuas cartas são um vinho que me transtorna e são o único alimento para meu coração. Desde que estou ausente não sei senão sonhar, igual que o mar teu corpo, amargo igual que o mar. Tuas cartas apaziguo metido em … Continue lendo

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A chuva (Manuel Machado)

Eu tive uma vez amores. Hoje é dia de lembranças. Eu tive uma vez amores. Houve sol e houve alegria. Um dia, já bem passado…, houve sol e houve alegria. De tudo, que me há ficado? Da mulher que me … Continue lendo

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Verão (Manuel Machado)

Frutíferos carregados. Dourados trigais… Cristais enfumaçados. Queimados arbusto… Sombria, seca, vento do oriente… Paleta completa: verão. (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Verano Manuel Machado Frutales cargados. Dorados trigales… Cristales ahumados. Quemados jarales… Umbría sequía, solano… Paleta completa: verano.

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Morrer, dormir (Manuel Machado)

– Filho, para descansar é necessário dormir, não pensar, não sentir, não sonhar… – Mãe, para descansar, morrer. (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Morir, dormir Manuel Machado – Hijo, para descansar, es necesario dormir, no pensar, no sentir, no … Continue lendo

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Canto a Andaluzia (Manuel Machado)

Cádiz, graciosa claridade. Granada, água oculta que chora. Romana e moura, Córdoba calada. Málaga cantadora Almería, dourada. Prateado, Jaén. Huelva, a beira das três caravelas, e Sevilha. (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Canto a Andalucia Manuel Machado Cádiz, salada … Continue lendo

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Sinceramente teu (Joan Manuel Serrat)

Não escolhas só uma parte Toma-me como me dou, inteiro e tal como sou, não vás a equivocar-te. Sou sinceramente teu porém não quero, meu amor, ir de visita por tua vida, vestido para a ocasião. Preferiria com o tempo … Continue lendo

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Jactância de quietude (Jorge Luis Borges)

Escrituras de luz embestem a sombra, mais prodigiosa que meteoros. A alta cidade irreconhecível se faz violenta sobre o campo. Seguro da minha vida e da minha morte, vejo aos ambiciosos e quisera entendê-los. Seu dia é ávido como o … Continue lendo

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Dulcia Linquimus Arva (Jorge Luis Borges)

Minha canção de crioulo final, pela noite acrescida de relâmpagos no expresso do Sul que quebra o fundo e perde os campos. Uma amizade fizeram meus avós Com esta distância E conquistaram a intimidade do Pampa e ligaram a sua … Continue lendo

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Everness (Jorge Luis Borges)

Só uma coisa não há. É o esquecimento. Deus, que salva o metal, salva a escoria E cifra na sua profética memória as luas que serão e que hão sido. Já tudo está. Os mil reflexos, Que entre os dois … Continue lendo

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