Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina

Desolação (Gabriela Mistral)

A bruma espessa, eterna, para que esqueça de onde Me há jogado ao mar em sua onda de salmoura. A terra a que vim não tem primavera: tem sua noite longa que como mãe me esconde. O vento faz à … Continue lendo

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Ausência (Gabriela Mistral)

Se vai de ti meu corpo gota a gota. Se vai minha cara no óleo surdo; Se vão minhas mãos em mercúrio solto; Se vão meus pés em dois tempos de pó. Se vai minha voz, que te fazia sino … Continue lendo

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Apegado a mim (Gabriela Mistral)

Floco de lã de minha carne, que em minha entranha eu teci, floco de lã friorento, dorme apegado a mim! A perdiz dorme no trevo escutando-o pulsar: não te perturbem meus alentos, dorme apegado a mim! Ervazinha assustada assombrada de … Continue lendo

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A flor do ar (Gabriela Mistral)

Eu a encontrei por meu destino, de pé a metade da pradaria, governadora do que passe, do que lhe fale e que a veja. E ela me disse: “Sobe ao monte. Eu nunca deixo a pradaria, e me cortas as … Continue lendo

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Papel molhado (Mario Benedetti)

Com rios com sangue com chuva ou sereno com sêmen com vinho com neve com pranto os poemas costumam ser papel molhado. (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) » Biografia de Mário Benedetti Papel mojado Mario Benedetti Con rios con … Continue lendo

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Notas e levianas (Manuel Machado)

Tenho uma taça na mão e nos lábios um cantar, e em meu coração mais penas que gotas de água no mar e nos desertos areia. (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Tonas y livianas Manuel Machado Tengo una copa … Continue lendo

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Se (Alessio de Sensi)

(Cinema Paradiso) Se tu estivesses em meus olhos por um diaverias a beleza que, cheia de alegria,eu encontro nos teus olhose não sei se é magia ou realidade Se tu estivesses em meu coração por um diapoderias ter uma ideiado … Continue lendo

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Ponte invisível (Marilina Ross)

Estás… estás em mim embora não estejas aqui. No canto mais quente onde guardo o amor. Entras e te instalas com naturalidade em cada cavidade e sei também Que estou batendo igual dentro de ti no lugar do grande prazer … Continue lendo

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E que nunca mais (Marilina Ross)

A desenterrar os vivos e aos mortos enterrar Sobre areias movediças não se pode caminhar A desentranhar os leitos dos rios e do mar para que flutuem os restos da verdade e que nunca mais A tirar as teias de … Continue lendo

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Quase sem querer (Marilina Ross)

Quase sem querer nascí Quase sem querer crescí Quase sem querer te conheci. Gostei de tua risada fresca, criança crescida e tua maneira de olhar. Foi dificil respirar, comecei a tremer e quase sem querer te bejei. Quase sem querer … Continue lendo

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