Sonhamos juntos
juntos despertamos
o tempo faz e desfaz
entretanto
não lhe importam teu sonho
nem meu sonho
somos trôpegos
ou demasiados cautelosos
pensamos que não cai
essa gaivota
cremos que é eterno
este conjuro
que a batalha é nossa
ou de nenhum
juntos vivemos
sucumbimos juntos
porém essa destruição
é uma brincadeira
um detalhe uma rajada
um vestígio
um abrir-se e fechar-se
o paraíso
já nossa intimidade
é tão imensa
que a morte a esconde
em seu vazio
quero que me relates
o luto que calas
por minha parte te ofereço
minha última confiança
estás sozinha
estou sozinho
porém às vezes
pode a solidão
ser
uma chama.
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)
» Biografia de Mário Benedetti
Intimidad
Mario BenedettiSoñamos juntos
juntos despertamos
el tiempo hace o deshace
mientras tanto
no le importan tu sueño
ni mi sueño
somos torpes
o demasiado cautos
pensamos que no cae
esa gaviota
creemos que es eterno
este conjuro
que la batalla es nuestra
o de ninguno
juntos vivimos
sucumbimos juntos
pero esa destrucción
es una broma
un detalle una ráfaga
un vestigio
y un abrirse y cerrarse
el paraíso
ya nuestra intimidad
es tan inmensa
que la muerte la esconde
en su vacío
quiero que me relates
el duelo que te callas
por mi parte te ofrezco
mi última confianza
estás sola
estoy solo
pero a veces
puede la soledad
ser
una llama
Pingback: Rostro de vos por Mario Benedetti | Carmen Gonçalves
Eu de novo! Curtindo tua seleção!
Encontrei uma arapuca das falsas cognatas!
“quero que me relates
A DOR que te cala
por minha parte te ofereço
minha última confiança”
Lindo!
Olá, quando o poeta diz: “el duelo que te callas” ele se refere ao luto e não à dor. Espero ter esclarecido. Obrigada pela participação.
Teresa