Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina

A hora (Juana de Ibarbourou)

Toma-me agora que ainda é cedo e que levo dálias novas na mão. Toma-me agora que ainda é sombria esta taciturna cabeleira minha. Agora que tenho a carne cheirosa e os olhos limpos e a pele de rosa. Agora que … Continue lendo

Publicado em Juana de Ibarbourou | Com a tag , , | 1 comentário

Surpresa (Federico Garcia Lorca)

Morto ficou na rua com um punhal no peito. Não o conhecia ninguém. Como tremia o farol, mãe! Como tremia o pequeno farol da rua! Era madrugada. Ninguém pôde assomar-se a seus olhos abertos ao duro ar. Que morto ficou … Continue lendo

Publicado em Federico Garcia Lorca | Com a tag , , | Deixar um comentário

A ave e o ninho (Salomé Ureña de Henríquez)

Por que te assustas, ave singela? Por que teus olhos fixas em mim? Eu não pretendo, pobre avezinha, Levar teu ninho daqui. Aqui, no oco de pedra dura, Tranqüila e só te vi ao passar, E trago flores da planície … Continue lendo

Publicado em Salomé Ureña de Henríquez | Com a tag , , | Deixar um comentário

Poema IV (Isaac Felipe Azofeifa)

Tu me deixas aqui ou partes comigo? Estou dentro de ti ou é que me chamas? Vives única em mim ou encontro o mundo em ti, contigo? A ordem das coisas em que te amo, onde começa ou acaba? Agora … Continue lendo

Publicado em Issac Felipe Azofeifa | Com a tag , , | Deixar um comentário

A última gaivota (Ricardo Miró)

Como uma franja agitada, rasgada do manto da tarde, em rápido voo se esfuma o bando pelo céu buscando, acaso, uma ribeira desconhecida. Atrás, muito longe, segue uma gaivota que com crescente e persistente desejo vai da solidão rasgando o … Continue lendo

Publicado em Ricardo Miró | Com a tag , , | Deixar um comentário

Diante do mar (Alfonsina Storni)

Oh, mar, enorme mar, coração feroz de ritmo desigual, coração mau, eu sou mais tenra que esse pobre pau que, prisioneiro, apodrece nas tuas vagas. Oh, mar, dá-me a tua cólera tremenda, eu passei a vida a perdoar, porque entendia, … Continue lendo

Publicado em Alfonsina Storni | Com a tag , , | Deixar um comentário

A carícia perdida (Alfonsina Storni)

Sai-me dos dedos a carícia sem causa, Sai-me dos dedos…No vento, ao passar, A carícia que vaga sem destino nem fim, A carícia perdida, quem a recolherá? Posso amar esta noite com piedade infinita, Posso amar ao primeiro que conseguir … Continue lendo

Publicado em Alfonsina Storni | Com a tag , , | Deixar um comentário

Tchau amor tchau (Luigi Tenco)

A rua costumeira, branca como sal o trigo precisa crescer e o campo precisa ser arado. A cada dia olhar se chove ou se faz sol, pra saber se amanhã se vive ou se morre e um belo dia, dizer … Continue lendo

Publicado em Luigi Tenco | Com a tag , , | Deixar um comentário

Amo, amas (Rubén Darío)

Amar, amar, amar, amar sempre, com todo O ser e com a terra e com o céu, Com o claro do sol e o escuro do lodo; Amar por toda ciência e amar, por todo desejo. E quando a montanha … Continue lendo

Publicado em Rubén Darío | Com a tag , , | Deixar um comentário

Itinerário simples de sua ausência (Isaac Felipe Azofeifa)

Hoje não vieste ao parque. Poderia me pôr a recolher do solo a luz desorientada e sem objeto que caiu em teu banco. Para que vou falar se não está teu silêncio. Para que hei de olhar sem tua olhada. … Continue lendo

Publicado em Issac Felipe Azofeifa | Com a tag , , | Deixar um comentário