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Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina
Cantar (Oscar Cerruto)
Minha pátria tem montanhas, não mar. Ondas de trigo e trigais, não mar. Espuma azul os pinheirais não mar. Céus de esmalte fundido não mar. E o coro rouco do vento sem mar. (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) Cantar … Continue lendo
O tempo (José Luis Appleyard)
Já é ontem porém então era sempre um trasladar de horários imutáveis. Desde a noite ao sol. Cada semana era distinta e igual à seguinte. A criança desdenhava o calendário e seu patrão relógio era o cansaço. Idade sem equinócios, … Continue lendo
Quando te conheci (Juan Andrés Leiwir)
Uma sensação muito estranha, algo difícil de explicar… como se um anjo Acariciara-me a alma… e meu coração quisera voar… De repente, uma invasão de silêncio… como se os pássaros deixassem de cantar, o vento que revolvia meu cabelo, por … Continue lendo
O amor (Juan Andrés Leiwir)
O amor é uma gota de orvalho pousando em uma pétala de rosa, uma gota intermitente afogando-se no mar do esquecimento, um suspiro esperando ser correspondido, uma lágrima acariciando o rosto de quem amas, é um grito esperando ser escutado, … Continue lendo
Nunca vou te esquecer (Juan Andrés Leiwir)
Essa misteriosa luz que às vezes ilumina a fronte caprichosa inspiração, que aparece quando quer, conseguiu que uma vez um poeta com muita paixão escrevesse: “Nunca digas nunca…”. “Nunca digas sempre…”. Porém não posso com ele estar de acordo, sei … Continue lendo
Cada noite (Rosalía de Castro)
Cada noite chorando eu pensava que esta noite tão longa não fora, que durasse e durasse enquanto a noite das angústias me envolvem lutadora… Mais a luz insolente do dia, constante e traidora, cada amanhecer penetrava radiante de glória até … Continue lendo
Ressaca (Yolanda Bedregal)
Quando já a ressaca deixe minha alma na praia, e do arco cansado de meu ombro se vai a asa cortada, qual vela desafiante, em cicatriz e marca prolongará o instante. Ficarão vigiando, símbolo trivial, dois pobres olhos pródigos e … Continue lendo
Meu Pedro (Salomé Ureña de Henríquez)
Meu Pedro não é soldado; não ambiciona de César nem de Alexandre os louros; se a suas têmporas aguardam uma coroa, a achará do estudo nos vergéis. Sim, o vereis jogar! Tem seus jogos algo de sério que apesar inclina. … Continue lendo
Verdor que salta (Francisco Matos Paoli)
Iminência, celeste iminência de dias que são pássaros, de pássaros que são veias. Frescas corolas que se imantam além de meu abismo. Um ritmo à parte que suaviza a ausência em que me encontro. Algo como uma dor que corta … Continue lendo
O tempo meus amigos (José Luis Appleyard)
Saber que os amigos não necessitam de tempo, saber que são os mesmos e todavia alheios àqueles que o foram quando os anos nossos nos brindaram sua essência do “companheiro eterno”. Porém voltam, persistem e são tempo e castigo: a … Continue lendo