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Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina
Canção tonta (Federico Garcia Lorca)
Mama. Eu quero ser de prata. Filho, Terás muito frio. Mama, eu quero ser de água. Filho, Terás muito frio. Mama. Borda-me em teu travesseiro. Isso sim! Agora mesmo! (Tradução de Maria Teresa Almeida Pina) » Biografia de Federico Garcia … Continue lendo
O lagarto está chorando (Federico Garcia Lorca)
O lagarto está chorando A lagarta está chorando O lagarto e a lagarta Com aventaizinhos brancos Hão perdido sem querer Seu anel de casamento Ai! Seu anelzinho de chumbo, Ai, seu anelzinho chumbado Um céu grande e sem gente Monta … Continue lendo
La Saeta (Antonio Machado)
Disse uma voz popular: Quem me empresta uma escada para subir ao madeiro para tirar os cravos a Jesus o Nazareno? Oh, la saeta, o cantar ao Cristo dos ciganos sempre com sangue nas mãos sempre por desencravar Cantar do … Continue lendo
Pedras Antárticas (Pablo Neruda)
Ali termina tudo e não termina: ali começa tudo se despedem os rios no gelo, o ar se há casado com a neve, não há ruas nem cavalos e o único edifício o construiu a pedra. Ninguém habita o castelo … Continue lendo
A tartaruga (Pablo Neruda)
A tartaruga que andou tanto tempo e tanto viu com seus antigos olhos, a tartaruga que comeu azeitonas do mais profundo mar, a tartaruga que nadou sete séculos e conheceu sete mil primaveras, a tartaruga blindada contra o calor e … Continue lendo
Poema dedicado a Antonio Porchia (Roberto Juarroz)
Havemos amado juntos tantas coisas que é difícil amá-las separados. Parece que se houveram afastado de repente ou que o amor fora uma formiga escalando os declives do céu. Havemos vivido juntos tanto abismo que sem você tudo parece superfície, … Continue lendo
Cantares (Antonio Machado)
Tudo passa e tudo ficaporém o nosso é passar,passar fazendo caminhoscaminhos sobre o mar Nunca persegui a glórianem deixar na memóriados homens minha cançãoeu amo os mundos sutisleves e gentis,como bolhas de sabão Gosto de vê-los pintar-sede sol e grená, … Continue lendo
Para uma aprendiz de espanhol (Germán Carrasco)
Sons que raspam a garganta como certos sabores, ruídos na rugiente Babel, ritmo e rareza de uma língua cujo ronco raspar esfregando alvéolos retumba certa rudeza ou rugir de raça rara, erres tribais, endogâmicas, difíceis, o último de aprender em … Continue lendo
Seu nome é hoje (Gabriela Mistral)
Somos culpados de muitos erros e faltas porém nosso pior crime é o abandono das crianças negando-lhes a fonte da vida Muitas das coisas de que necessitamos podem esperar. A criança não pode Agora é o momento em que seus … Continue lendo
Decálogo do artista (Gabriela Mistral)
I. Amarás a beleza, que é a sombra de Deus sobre o Universo. II. Não há arte ateia. Embora não ames ao Criador, o afirmarás criando a sua semelhança. III. Não darás a beleza como isca para os sentidos, se … Continue lendo