Arquivo do Autor: Maria Teresa Pina

Inútil sou (Alfonsina Storni)

Por seguir das coisas o compasso, às vezes, quis neste século ativo, pensar, lutar, viver com o que vivo, ser no mundo algum parafuso a mais. Mas, atada ao sonho sedutor, do meu instinto voltei ao escuro poço, pois, como … Continue lendo

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Quando cheguei à vida (Alfonsina Storni)

Vela sobre minha vida, meu grande amor imenso. Quando cheguei à vida trazia em suspense, na alma e na carne, a loucura inimiga, o capricho elegante e o desejo que açoita. Encantavam-me as viagens pelas almas humanas, a luz, os … Continue lendo

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Sabeis algo? (Alfonsina Storni)

Subi, subi, subi. Já estava bem em cima quando senti um murmúrio. Era desafio, diatribe? Escutei: gargalhadas, ironias, insultos. O que vos pareço uma símia? Oh meus bons estultos. Sabeis de coisas belas? Eu, fazem séculos que vivo trança que … Continue lendo

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Dorme tranquilo (Alfonsina Storni)

Falaste a palavra que enamora meus ouvidos. Já esqueceste? Bom. Dorme tranquilo, deve estar sereno e charmoso o teu rosto a toda hora. Quando encanta a boca sedutora deve ser fresca, seu dizer ameno; Para teu ofício de amante não … Continue lendo

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Palavras a um habitante de Marte (Alfonsina Storni)

Será verdade que existes sobre o vermelho planeta, que, como eu, possuis finas mãos prêensíveis, boca para o riso, coração de poeta, e uma alma administrada pelos nervos sutis? Mas no teu mundo, acaso, se erguem as cidades como sepulcros … Continue lendo

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Homem pequenino (Alfonsina Storni)

Homem pequenino, homem pequenino, solta teu canário que quer voar… Eu sou teu canário, homem pequenino, deixa-me saltar. Estive na tua gaiola, homem pequenino, homem pequenino que gaiola me dás. Digo pequenino porque não me entendes, nem me entenderás. Também … Continue lendo

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Vou dormir (Alfonsina Storni)

Dentes de flores, touca de sereno, Mãos de ervas, tu, ama-de-leite fina, Deixa-me prontos os lençóis terrosos E o edredom de musgos escardeados. Vou dormir, ama-de-leite minha, deita-me. Põe-me uma lâmpada à cabeceira; Uma constelação; a que te agrade; Todas … Continue lendo

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O rogo (Alfonsina Storni)

Senhor, Senhor, faz já tanto tempo, um dia Sonhei um amor como jamais pudera Sonhá-lo ninguém, algum, amor que fora A vida toda, toda a poesia… E passava o inverno e não vinha, E passava também a primavera, E o … Continue lendo

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A carta (Violeta Parra)

Me mandaram uma cartaPelo correio cedoNessa carta me dizemQue caiu preso meu irmãoE sem compaixão com grilhõesPelas ruas o arrastaram.Sim… A carta disse o motivoQue há cometido Roberto:Haver apoiado a greveQue já se havia resolvidoSe acaso isso é um motivoPreso … Continue lendo

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Te recordo Amanda (Victor Jara)

Te recordo Amanda, a rua molhada, Correndo à fábrica, onde trabalhava Manuel… O sorriso largo, a chuva no cabelo Não importava nada, ias a encontrar-te com ele… Com ele, com ele, com ele, com ele… São cinco minutos. a vida … Continue lendo

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