Palavras a um habitante de Marte (Alfonsina Storni)

Será verdade que existes sobre o vermelho planeta,
que, como eu, possuis finas mãos prêensíveis,
boca para o riso, coração de poeta,
e uma alma administrada pelos nervos sutis?

Mas no teu mundo, acaso, se erguem as cidades
como sepulcros tristes? As assolou a espada?
Já tudo tem sido dito? Com o teu planeta acrescentas
à vasta harmonia outra taça vazia?

Se fores como um terrestre, que poderia importar-me
que o teu sinal de vida desça a visitar-me?
Busco uma estirpe nova através da altura.

Corpos bonitos, donos do segredo celeste
da alegria achada. Mas se o teu não é este,
se tudo se repete, cala triste criatura!

(Tradução de Héctor Zanetti)

» Biografia de Alfonsina Storni

Palabras a um habitante de marte
Alfonsina Storni

¿Será verdad que existes sobre el rojo planeta,
que , como yo, posees finas manos prensiles,
boca para la risa, corazón de poeta,
y un alma administrada por los nervios sutiles?

Pero en tu mundo, acaso, ¿se yerguen las ciudades
Como sepulcros tristes? ¿Las asoló la espada?
¿Ya todo ha sido dicho? ¿Con tu planeta añades
a la vasta armonía otra copa vaciada?

Si eres como un terrestre, ¿qué podría importarme
Que tu señal de vida bajara a visitarme?
Busco una estirpe nueva a través de la altura.

Cuerpos hermosos, dueños del secreto celeste
De la dicha lograda. Mas si el tuyo no es éste,
Si todo se repite, ¡calla, triste criatura!

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