A rua costumeira, branca como sal
o trigo precisa crescer e o campo precisa ser arado.
A cada dia olhar
se chove ou se faz sol,
pra saber se amanhã
se vive ou se morre
e um belo dia, dizer basta e ir embora.
tchau amor, tchau amor,tchau.
Ir embora para longe
a procura de outro mundo
dizer adeus ao quintal,
e ir-se sonhando.
E depois, milhares de estradas cinzas como fumaça
e num mundo cheio de luzes, sentir-se ninguém.
Pular cem anos num só dia,
das carroças nos campos
aos aviões nos céus.
E não entender nada e ter vontade de voltar pra você.
E não compreender nada num mundo que sabe tudo
e não ter um tostão nem pra poder voltar.
(Tradução de Patrizia Streparava)
Ciao amore ciao
Luigi TencoLa solita strada, bianca come il sale
il grano da crescere, i campi da arare.
Guardare ogni giorno
se piove o c’e’ il sole,
per saper se domani
si vive o si muore
e un bel giorno dire basta e andare via.
ciao amore, ciao amore ciao.
Andare via lontano
a cercare un altro mondo
dire addio al cortile,
andarsene sognando.
E poi mille strade grigie come il fumo
in un mondo di luci sentirsi nessuno.
Saltare cent’anni in un giorno solo,
dai carri dei campi
agli aerei nel cielo.
E non capirci niente e aver voglia di tornare da te.
Non saper fare niente in un mondo che sa tutto
e non avere un soldo nemmeno per tornare.