Solicitações do Conselho Fiscal do CNC

Diante da ausência de prestação de contas para a diretoria e para o movimento cineclubista durante os três anos de gestão, o Conselho Fiscal faz solicitação formal ao CNC a partir do ofício apresentado a seguir. Além da prestação de contas, solicita outros documentos.

À Diretoria Executiva do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC)

REF: Solicitações do Conselho Fiscal

OFÍCIO Nº 01.23
Itabuna, 27.12.2023

Em reunião realizada de forma virtual pelo aplicativo Google Meet no dia 21 de dezembro de 2023, o Conselho Fiscal do CNC, eleito na última Assembleia Geral realizada em novembro/2019 na cidade de Viçosa/MG, para o mandato de 2019-2023. Estando presente na reunião o membro titular: Cláudio Henrique da Silva Lyrio (Itabuna, BA) e os suplentes: Jorge Eduardo Paes Aguiar Barbosa (São Paulo, SP) e Gleciara de Aguiar Ramos (Salvador, BA). No uso de suas atribuições, vem, por meio deste, solicitar, a atual Diretoria Executiva do CNC, que seja encaminhado para apreciação desse conselho as informações listadas abaixo:

  1. Relatório de atividades realizadas pela Diretoria Executiva do CNC no período do mandato que vai de novembro/2019 a novembro/2023;
  2. Relatório financeiro constando tabelas anuais com: entradas, saídas, aplicações e suas devidas comprovações (extratos bancários, comprovante de depósitos, notas fiscais, recibos etc.) referente ao período do mandato que vai de novembro/2019 a novembro/2023.;
  3. Relatório do processo de regularização da entidade (CNC): situação do CNPJ (enviar cópia do CNPJ), registro de atas, registro da reformulação estatutária, entradas e saídas de associados, relação dos atuais membros e respectivos estados, certidões negativas municiais, estaduais e federais (enviar cópia);
  4. Relatório constando planejamento para realização da próxima Jornada Nacional de Cineclubes;
  5. Relatório constando planejamento para realização da próxima Assembleia Geral e o processo de sucessão da atual gestão.

Obs.1 Informamos que o prazo para envio dessas informações é de 30 (trinta dias) a contar da data de recebimento desse ofício.

Obs. 2 As informações solicitadas deverão ser enviadas para os seguintes e-mails: chlyrio@yahoo.com.br, gleciara@gmail.com, laratoledoes@gmail.com, eduardopaesaguiar@yahoo.com.br

Sem mais para o momento agradecemos a atenção e nos colocamos a disposição para eventuais dúvidas e esclarecimentos.

Saudações cineclubistas.

Att,
Cláudio Henrique da Silva Lyrio (Itabuna, BA), Jorge Eduardo Paes Aguiar Barbosa (São Paulo, SP), Gleciara de Aguiar Ramos (Salvador, BA)

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Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro

Belo Horizonte, 4 de março de 2023

À Excelentíssima Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura
Sra. Joelma Oliveira Gonzaga,

Conforme esta Secretaria acordou com as entidades do audiovisual brasileiro, CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, ABPA – Associação Brasileira de Preservação Audiovisual e Forcine – Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual, presentes em reunião remota de escuta de suas pautas, realizada no dia 29 de março de 2023, o CNC apresenta o conjunto de ações demandadas pelos cineclubes do país na forma de Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro.

Atenciosamente,
Terezinha Lúcia Avelar
Presidenta do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros


Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro

Apresentamos à Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura o Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, através do qual o movimento cineclubista organizado demanda do Estado Brasileiro um vigoroso programa para as exibições sem fins lucrativos; de mobilização popular, territorial, comunitária, cidadã e cultural, a ser operacionalizado pelo CNC, a partir de acordo de cooperação técnica ser firmado com o Ministério da Cultura.

Elencamos 10 pontos fundamentais, que alicerçam o Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, todos já de conhecimento desta Secretaria através do documento “Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – Pauta 2023-2026”, antes apresentado ao Grupo Técnico VII – Cultura do Gabinete de Transição Governamental. Neste sentido, o referido documento continua válido e detalha as questões abaixo:

1 – De forma imediata, acesso aos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. A médio prazo, aumento da Condecine junto às empresas de telecomunicações e sua extensão às plataformas de Vídeo OnDemand.

2 – Garantia de assento ao CNC (bem como à ABPA e ao Forcine) em todas as instâncias deliberativas do audiovisual: Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual, Conselho Superior de Cinema, Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual e do Conselho Consultivo da Cinemateca Brasileira.

3 – Estabelecimento de 26.750 cineclubes (1 para cada 8 mil habitantes), com aporte financeiro, fornecimento de equipamentos, internet de alta velocidade e acesso a filmes.

4 – Garantia do “pleno exercício dos direitos culturais” aos cineclubistas e ao povo brasileiro, previstos no Artigo 215 da Constituição Federal, através do retorno à sociedade dos filmes subvencionados com recursos públicos com a disponibilização não-onerosa das produções audiovisuais aos cineclubes e a imunidade da atividade cineclubista frente ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

5 – Corroborando as pautas da ABPA, precisamos de Cinemateca Brasileira e Centro Técnico Audiovisual fortalecidos através de concursos públicos, orçamentos robustos, planejamento de longo prazo e participação popular. O estabelecimento de um programa de Preservação significa a constituição de um sistema de difusão de obras brasileiras através dos cineclubes.

6 – Criação de um portal para os cineclubes brasileiros onde possam publicar suas ações; interagir entre si e com o público; agendar e relatar suas atividades (o que já se torna uma ferramenta pública de acompanhamento e prestação de contas de cineclubes beneficiados com recursos públicos); e acessar um repositório virtual online, guarnecido pelo Estado, de acesso a filmes digitalizados em alta qualidade, primando pela acessibilidade.

7 – Corroborando as pautas do Forcine, precisamos do fortalecimento dos Cursos de Cinema e Audiovisual, da ampliação de bolsas e da política extensionista para a chegada de pesquisas bem como de pesquisadoras e pesquisadores ao cineclubismo, seja através de divulgação científica, estudos de campo ou desenvolvimento de atividades de exibição.

8 – Regulamentação da Lei 13.006/14 de forma a garantir a escola, através do cineclubismo, como um espaço de convergência da comunidade escolar, da população de seu entorno imediato e do movimento cineclubista local, sendo contemplada por todos os itens anteriormente citados. Faz-se necessário, portanto, assento ao CNC no Fórum Nacional de Educação (FNE-MEC) e no Conselho Nacional de Educação (CNE-MEC).

9 – Estabelecimento de Centros Populares de Cultura em todo o país, ou seja, espaços multiuso que abrigam a produção e o acesso a todas as expressões artísticas e culturais, de administração pública, para exibição exclusiva de filmes brasileiros a preços populares.

10 – Para desenvolvimento, acompanhamento, fiscalização e avaliação permanente do Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, é fundamental que o Estado Brasileiro apoie a realização sistemática de Jornadas e Pré-Jornadas Cineclubistas nacionais e estaduais.

Atenciosamente,
Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – CNC
Diretoria 2019-2023

CNPJ 08.775.897/0001-37

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Ao Gabinete de Transição Governamental, Grupo Técnico VII – Cultura

Pauta 2023-2026

O presente documento elaborado pelo Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, intitulado Pauta 2023-2026 e endereçado ao Grupo Técnico VII – Cultura, do Gabinete de Transição Governamental, visa subsidiar o mesmo para o pleno cumprimento de seus desígnios.
Este conta com duas partes: resumo histórico das recentes políticas públicas do governo federal para o cineclubismo (2003-2022) e demandas do movimento cineclubista nacional organizado para o período 2023-2026.

O Conselho Nacional de Cineclubes – CNC, fundado em 26 de maio de 1962 e reestruturado como Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – CNC , em 13 de julho de 2006, é uma entidade cultural com ênfase no audiovisual, organizada sob a forma de sociedade civil, com personalidade jurídica sem fins lucrativos e sem cunho partidário ou religioso, representativa dos cineclubes brasileiros, regendo-se pela legislação em vigor e por seu Estatuto. Reúne, sob forma associativa, os cineclubes brasileiros filiados diretamente ou através de suas entidades federativas ou equivalentes.

Cada entidade representativa estadual ou equivalente, por sua vez, reúne os cineclubes
correspondentes a um Estado, Território ou Distrito Federal. Os cineclubes são regidos pelo Artigo 5o, Parágrafo Único, da Lei 5.536, de 21 de novembro de 1968 e pela Instrução Normativa no 63 de 02 de outubro de 2007 da Agência Nacional de Cinema – ANCINE.

Terezinha Lucia de Avelar
Presidenta do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros


1 – Resumo histórico das recentes políticas públicas do Governo Federal para o cineclubismo (2003-2022)

O primeiro Governo PT/Lula (2003-2006), através da SAv/MinC, colaborou para a rearticulação nacional do movimento cineclubista organizado com o financiamento continuado das Jornadas Nacionais.

As Jornadas Nacionais são a instância de deliberação do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – CNC, e têm o objetivo de avaliar o período anterior e estabelecer novas diretrizes para o ano seguinte, envolvendo todos os cineclubes filiados ao CNC. Suas atividades foram interrompidas em 1968 devido ao AI-5 e reorganizadas em 1974. Novamente interrompidas em 1989, em função do contexto social da época, e rearticulados em 2003 e 2004. Desde então as Jornadas passaram a ser realizadas a cada dois anos. Assim, com apoio estatal, foram realizadas:

2003 – 24ª Jornada Nacional de Cineclubes – Brasília/DF
2004 – 25ª Jornada Nacional de Cineclubes – São Paulo/SP
2006 – 26ª Jornada Nacional de Cineclubes – Santa Maria/RS

Também foram apoiadas Pré-Jornadas Nacionais, realizadas em anos entre uma Jornada Nacional e outra, para reavaliação da condução das políticas do movimento, e que contam somente com a Diretoria do CNC, seu Conselho Consultivo e lideranças
estaduais.

Em 2006, foi lançado edital para promoção do cineclubismo: 100 contemplados receberam equipamentos de projeção audiovisual e som. No mesmo ano, é criada a Programadora Brasil, difusora de filmes brasileiros empacotados em DVDs destinada a atender exibidores sem fins lucrativos (cineclubes, dentre outros).

O segundo Governo PT/Lula (2007-2010), em 2008, criou a ação Cine Mais Cultura para a expansão do parque cineclubista brasileiro. Através de editais eram fornecidos equipamentos de projeção audiovisual e som, filmes do catálogo da Programadora Brasil, além de oficinas de capacitação cineclubista sob responsabilidade do CNC (conforme estabelecido em termo subscrito por esta entidade, a SAv/MinC e a Sociedade Amigos da Cinemateca – SAC).

Até dezembro de 2010, foram constituídos 1.042 cineclubes, em 682 municípios (12% do total de municípios brasileiros), sendo 790 destes (76%) fora das capitais, especificamente 323 (33%) em cidades com até 20 mil habitantes. Houve apoio governamental a duas novas Jornadas Nacionais, sendo que a 2010 foi a primeira a experimentar a presença de contemplados da ação Cine Mais Cultura (contemplados dos editais de 2009):

2008 – 27ª Jornada Nacional de Cineclubes – Belo Horizonte/MG
2010 – 28ª Jornada Nacional de Cineclubes – Moreno/PE

O movimento cineclubista organizado esteve presente nos diversos âmbitos dos debates da Função Social dos Direitos Autorais promovidos pelo Ministério da Cultura. Sendo uma atividade sem fins lucrativos, de promoção da cultura e da cidadania bem como de valorização dos laços comunitários, a prática do cineclubismo, por muitas vezes, (1) se vê ameaçada por cobranças (pela música inserida nos filmes) advindas do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – Ecad e (2) impedida de realizar sessões pela não liberação (pelos detentores de direitos) de filmes que, em sua imensa maioria, só puderam ser realizados, pois subsidiados por recursos públicos (sejam eles através de editais resultantes de verba orçamentária, de leis de incentivo ou de fundos como o Fundo Setorial do Audiovisual – FSA a partir da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional – Condecine).
O primeiro Governo PT/Dilma (2011-2014), logo em 2011, encerrou os debates sobre a Função Social dos Direitos Autorais com a retirada da Consulta Pública em andamento promovida pelo Ministério da Cultura. Desta forma, o cineclubismo sofre, até hoje, com as mesmas inseguranças, obstáculos e impedimentos. A mesma administração não forneceu os equipamentos e benefícios aos contemplados de diversos editais estaduais e municipais do Cine Mais Cultura lançados em final de 2010.

Entre 2011 e 2012, este governo encerrou as ações da Programadora Brasil, do Cine Mais Cultura, além do Olhar Brasil – Núcleos de Produção Digital. Foi impossível ao CNC ter contato com os novos cineclubes devido à falta de recursos financeiros, equipamentos necessários e informações cadastrais que estavam centralizados nas equipes ministeriais destas ações. Desta forma, o imenso e inédito parque exibidor cineclubista resultante de demandas de políticas públicas do movimento nacional organizado surgiu desagregado desse mesmo movimento.

Outro fator que se somou ao âmbito geral de retrocessos foi o apoio federal a um único encontro nacional, a 29ª Jornada Nacional de Cineclubes – Salvador/BA, em 2015, com parcos recursos, sendo o de menor número de participantes desde 2003. Dois anos antes, em 2013, o movimento cineclubista organizado, de forma autônoma, promoveu um encontro eleitoral, com reduzidíssimo número de participantes, a fim de manter sua regularidade administrativa.
O segundo Governo PT/Dilma (2015-2016), abreviado pelo golpe de 2016, não esboçou reativar qualquer política pública encerrada em seu período anterior. Assim, a esfera executiva federal acumulava junto ao movimento cineclubista organizado seis anos de desmonte de ações e/ou não atendimento à retomada de suas pautas.

Os governos que se sucederam entre 2016 e 2022 colocaram por terra todo o âmbito institucional da Cultura no governo federal e, por conseguinte, não foi feito nenhum gesto em favor das áreas artística e cultural. Neste período, o CNC e as entidades cineclubistas estaduais moveram-se pelo restabelecimento da normalidade democrática, o que se fez pelo enfrentamento público. Contando exclusivamente com o enorme esforço e comprometimento de suas bases, o CNC conseguiu realizar sua 30a Jornada Nacional de Cineclubes, em 2019, em Viçosa/MG, e uma Pré-Jornada Nacional de Cineclubes, em 2022, em Cachoeira – BA. Nutrido de forte sentimento de resistência, os encontros sustentaram a regularidade institucional da entidade.

2 – Demandas do movimento cineclubista nacional organizado para o período 2023-2026

A) Garantias ao ambiente democrático de liberdade de expressão e manifestação em consonância à segurança da população e desmilitarização da vida civil.
– Revogação da lei antiterrorismo (12.850/2013);
– Alteração do Artigo 142 da Constituição Federal para limitar a atuação das Forças Armadas à defesa externa;
– Desmilitarização da segurança pública;
– Revogação de todas as leis e atos que facilitam o acesso a armas atrelada a uma ampla ação para desarmamento da população civil;
– Substituição imediata por civis de todos os militares que ocupam cargos de natureza civil na administração pública federal;
– Revogação do decreto 10.004/2019, acerca do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares.

Ao contrário dos demais segmentos do cinema, o cineclubismo não se dá a portas fechadas, mas sim através do contato e da participação direta da comunidade, com exibições em bibliotecas, museus, ONGs, clubes, estabelecimentos de ensino, praças, quadras esportivas, pistas de skate, debaixo de viadutos, muitas vezes promovido por grupos de mulheres, comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, ciganos/as, assentamentos, LGBTQIAN+, grupo PcD (Pessoas com Deficiência), dentre outros locais, territórios e grupos sociais, ou seja, em graves situações de exposição à violência.

B) Retomada da capacidade institucional de desenvolvimento social.
– Revogação de todas as leis referentes à responsabilidade fiscal; ao teto de gastos; ao orçamento secreto; à legalização da terceirização; e às contra reformas da previdência, trabalhista e do ensino médio;
– Reestatização de empresas públicas (privatizadas de forma direta ou indireta através de planos de desestatização, PPPs, PPIs e OSs) como Vale, Embraer, CSN, Eletrobras, Petrobras, a rede do SUS, dentre outras; além da revogação da lei das estatais (13.303/2016);
– Revogação de todas as leis que impedem que os Estados tenham seus bancos públicos;
– Estabelecimento do Regime Progressivo de Imposto de Renda; além da taxação de lucros e dividendos de grandes empresas; de transações financeiras; de grandes fortunas e heranças; e de bens de consumo de luxo;
– Retomada dos programas de emprego e renda; moradia; alimentação etc.

Todos os segmentos do cinema podem ser desenvolvidos de forma voluntária ou profissional (a possibilidade de venda da força de trabalho no mercado), exceto o cineclubismo. Atividade não comercial, o cineclubismo é o primeiro no âmbito do cinema a se ressentir do desemprego, da informalidade, da terceirização, da carestia, de ajustes fiscais, de medidas contra direitos sociais, uma vez que as pessoas que organizam os cineclubes não recebem ou não são apoiadas para tal função.

C) Restauração e expansão do ambiente institucional da Cultura
– Prorrogação e Execução imediata da Lei Paulo Gustavo (LCP 195/2022) e da Lei Aldir Blanc 2 (Lei 14.399/2022);
– Retorno do Ministério da Cultura (e de sua Secretaria do Audiovisual) com orçamento comprometido exclusivamente com verbas discricionárias e com o Fundo Nacional de Cultura (FNC), assim sendo, com consequente fim das Leis de Incentivo (Rouanet e Audiovisual);
– De forma imediata, 2% do orçamento para o MinC. No curto prazo, comprometimento com a aprovação da PEC 150/2003;
– Estabelecimento de 26.750 Centros Populares de Cultura em todo o país: 1 para cada 8 mil habitantes (214 milhões/8mil). Espaços multiuso que abrigam a produção e o acesso a todas as expressões artísticas e culturais (cinema, teatro, dança, literatura, música, rádio, fotografia), além de biblioteca;
– Retomada do programa Luz para Todos e do Programa Nacional de Banda Larga;
– Fortalecimento e expansão da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC, com sua programação comprometida com a promoção e a produção do Centros Populares de Cultura, grupos artísticos e culturais, além da aproximação com as culturas dos povos latino-americanos, africanos e lusófonos;
– Revisão das concessões de rádio e televisão, mediante processo popular;
– Fim da paridade de votos entre representantes de governo e agentes artísticos e culturais em todas as instâncias consultivas, normativas e deliberativas;

É imprescindível a disputa de corações e mentes através da expansão e do aprofundamento de garantias de direitos, fomento e expansão de produção e acesso à cultura, ao audiovisual e à cultura cineclubista. Para além da materialidade da vida de agentes culturais, de agentes do cinema, e de cineclubistas, as garantias de direitos, fomento, produção e acesso, dizem respeito a toda nação.

D) Universalização do Cinema e do Audiovisual
– Cumprimento do Artigo 215 da Constituição Federal que afirma que “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais”;
– No Cinema e no Audiovisual, “o pleno exercício dos direitos culturais” só pode ser alcançado através da universalização de práticas, fazeres e saberes de todos os segmentos, sobretudo dos historicamente secundarizados: o cineclubismo, a formação livre; o ensino formal e o aprimoramento técnico; a difusão; os festivais e mostras locais e de pequeno porte; a produção de curta e média duração; os formatos de documentário e animação; a pesquisa; a crítica; a
preservação; as TVs Culturais, Universitárias e Comunitárias;
– Considerando que quase a totalidade do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) advém da taxação do “Serviço Móvel Pessoal”, serviço de telecomunicações móvel terrestre de INTERESSE COLETIVO que possibilita a comunicação entre Estações Móveis e de Estações Móveis para outras estações, o referido fundo deve ser compartilhado entre todos os segmentos do cinema e do audiovisual brasileiros;
– Atuação enérgica do novo governo para garantir tanto que as empresas de telecomunicações paguem a Condecine, que atualmente tramita em litígio no TRF-1, quanto que este tributo seja restituído ao Projeto de Lei Orçamentária Anual referente ao ano 2023;
– Tributação das plataformas de Vídeo OnDemand (VOD);
– Assento a todos os segmentos do cinema e do audiovisual brasileiros (60% das
cadeiras), representantes de sindicatos de grandes categorias não ligadas à Cultura e de movimentos sociais que representam os interesses de grupos sociais historicamente subalternizados (30% das cadeiras) e representantes de governo (10% das cadeiras) no Conselho Superior de Cinema (CSC), no Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual (SAv), e no Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA);
– Regulação da exibição de longas-metragens nos estabelecimentos comerciais de cinema. Estabelecimento de limite máximo de “cópias” de um mesmo filme, seja nacional ou estrangeiro, sendo exibido simultaneamente nas salas comerciais de cinema (até 10% do número total de telas no país). Aumento da tributação da Condecine conforme maior número de “cópias” em circulação. Conforme OCA/Ancine, dos 2.095 longas-metragens lançados comercialmente entre 1995 a 2021, um total de 50% (1.047 filmes) foi em até 11 salas.
– Implementação da Lei do Curta nos estabelecimentos comerciais de cinema;

O cineclubismo, assim como todas as outras atividades do cinema e do audiovisual que não sejam a produção de longa-metragem para exibição comercial, foi alijado de políticas sólidas e permanentes de fomento. Ao longo do tempo, isto produziu uma profunda dissociação entre o que é produzido no país e o povo brasileiro. Para reversão da situação atual, é imprescindível o fomento robusto a todos os segmentos do cinema e do audiovisual brasileiros acompanhado de uma reconfiguração do mercado interno.

E) Cineclubismo
– Financiamento de Jornadas Nacionais de Cineclubes nos anos de 2023 e 2026: encontros nacionais que devem contar com a participação de todos os cineclubes
filiados ao Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros;
– Financiamento de Pré-Jornadas Nacionais de Cineclubes nos anos de 2024 e 2025, encontros nacionais que devem contar com a participação da Diretoria e do Conselho Consultivo do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, além de 3 representantes destacados por federação/associação cineclubista estadual ou distrital ou, na ausência destas, por 3 representantes de diferentes cineclubes eleitos por cada movimento local;
– Financiamento anual de Jornadas Estaduais/Distrital de Cineclubes;
– Estabelecimento de 26.750 cineclubes em todo o país: 1 cineclube para cada 8 mil habitantes (214 milhões/8 mil);
– Construção de rede social virtual de cineclubes;
– Apoio logístico e financeiro ao Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e às federações/associações estaduais/distritais para acompanhamento, auxílio, manutenção e fortalecimento de cineclubes;
– Disponibilização imediata na internet em alta qualidade e sem marca d’água de todas as obras e acervos já digitalizados que pertençam à União ou a ela licenciados bem como os em domínio público; continuidade de digitalização e disponibilização das obras e acervos que venham a pertencer à União e, no curto prazo, digitalização e disponibilização de 100% das obras e acervos artísticos e culturais de órgãos públicos federais;
– Construção de repositório virtual online único no qual cineclubes e Centros Populares de Cultura poderão ter acesso a todas as obras digitalizadas e disponibilizadas citadas nos itens anteriores em closedcaption, libras e audiodescrição;
– O Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros está de
acordo e apoia o Plano Nacional de Preservação Audiovisual aprovado na Assembleia Geral Ordinária da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) em 27/6/2016;
– É igualmente fundamental que se estabeleça uma legislação que garanta explicitamente a isenção do cineclubismo de toda e qualquer forma arrecadatória
do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD);
– A Lei 13.006/14, deve ser regulamentada de forma a garantir a escola como um espaço de convergência da comunidade escolar e de seu entorno através do cineclubismo. Neste sentido ela deve ser inserida no plano político pedagógico e cumprida através da ação conjunta de funcionários administrativos da escola, professores, alunos, pais de alunos, comunidade e cineclubes filiados ao CNC e suas instâncias representativas em atividade poderão estabelecer parceria e intercâmbio com as escolas para cumprimento da Lei.
– Assento a representante do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros no Fórum Nacional de Educação (FNE-MEC) e no Conselho Nacional de Educação (CNE-MEC).

Belo Horizonte, novembro de 2022
Diretoria Gestão 2019-2023

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Quanto custa organizar um cineclube?

A ASCINE-RJ – Associação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro, criada em 2004, é a instância de organização e representação dos interesses dos cineclubes fluminenses junto a entidades e instituições públicas ou privadas, nacional e internacionalmente, reconhecida pelo CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros.

Neste momento de rearticulação tanto da institucionalidade da Cultura no âmbito federal quanto dos diversos movimentos culturais, nossos estudos entre os 54 cineclubes filiados à ASCINE-RJ apontam para o valor de prêmio individual de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) como sendo o mínimo para estímulo da atividade cineclubista.  Esta importância é condizente com as ações e custos necessários ao seu desenvolvimento e os valores socialmente praticados. Assim comprovamos através de planilha orçamentária com diversos itens e seus respectivos preços de aluguéis, serviços, materiais e despesas de interesse dos cineclubes para a plena consecução das sessões. Novos estudos serão realizados ao longo do ano.

É sempre importante enfatizar que o cineclubismo é um segmento do setor cinematográfico/audiovisual. É a atividade de organização de exibições públicas sem fins-lucrativos; de mobilização territorial, comunitária, cidadã e cultural; de periodicidade regular e fixa (mesmo local, mesmo horário); exercida por tempo indeterminado.

Além das questões materiais, cada Cineclube desenvolve sua atividade conforme as potencialidades e limites de uma série de agentes, quais sejam: do seu grupo organizativo mais direto, dos seus parceiros e apoiadores (constantes ou eventuais), da comunidade onde se insere. Ou seja, responsabilidades, compromissos, expectativas, dinâmicas, participação, desdobramentos e consequências se dão entre estes agentes.

As políticas públicas de incentivo ao cineclubismo implicam na entrada de um novo agente: o poder público. Neste sentido, uma série de normas, prerrogativas, deveres e prestação de contas e relatórios que não existiam antes passam a fazer parte do círculo Cineclubista já em atividade. Portanto, as verbas destinadas a um Cineclube são o incentivo mínimo necessário para a consecução das propostas aprovadas pelo próprio poder público através de prêmios.

Todos os segmentos do cinema podem ser desenvolvidos de forma voluntária ou a dita profissional (a possibilidade de venda da força de trabalho no mercado), exceto o cineclubismo. Atividade não-comercial, sem fins lucrativos, o cineclubismo é o primeiro no âmbito do cinema a se ressentir do desemprego, da informalidade, da terceirização, da carestia, de ajustes fiscais, de medidas contra direitos sociais, uma vez que as pessoas que organizam os cineclubes não recebem ou não são apoiadas para tal função.

Dito isto, algumas observações são importantes sobre a planilha orçamentária:

1 – Toda sessão cineclubista implica no exercício irredutível de 3 funções: Programação, Produção e Divulgação. Em última instância, qualquer uma delas pode ser exercida por 1 única pessoa. Porém, na prática cotidiana da atividade, cada uma delas implica na mobilização de diversos agentes do território onde o cineclube realiza suas atividades. Se, hoje em dia, essa mobilização não é realizada (ou não é realizada a contento) isso diz respeito à ausência de incentivos. Portanto, espera-se que o incentivo às funções de organização do cineclube dinamizem essa prática, fazendo com que os mais diretamente envolvidos tragam para as esferas decisórias do cineclube os diversos agentes locais para a determinação conjunta e coletiva sobre temas a trabalhar, formas de abordagem, filmes a exibir, debatedores a convidar, participação de moradores e artistas locais, etc. Idealmente, é neste sentido que o incentivo às funções de Programação, Produção e Divulgação devem operar.

2 – Como exercício de referência, acreditamos ser possível a analogia entre as funções de Pesquisador Cinematográfico e Diretor de Produção de obras cinematográficas com as de Programação e Produção de um cineclube. A jornada de trabalho no valor semanal de R$ 3.785,15 dividido pela carga horária de 44 horas semanais (conforme “Convenção Coletiva de Trabalho 2021/2022” celebrada entre  SICAV e STIC) resulta no valor/hora de jornada de trabalho de R$ 86,00. Da mesma forma, a Divulgação está para a atividade de “Para atendimento e cobertura em eventos e coletivas” de Assessoria de Imprensa/Comunicação. A jornada de trabalho no valor diário de R$ 452,00 dividido pela carga horária de 8 horas diárias (conforme Valores de referência 2021/2022 do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – SJSP) resulta no valor/hora de jornada de trabalho de R$ 56,50. Além de as 3 funções, no dia sessão, trabalharem entre 6 e 8 horas, ainda há o trabalho ao longo do mês, sobretudo da Divulgação, na manutenção e ampliação do relacionamento online.

3 – Há funções técnicas importantes que auxiliam as de Programação, Produção e Divulgação (estas muito mais ligadas à organização e mobilização do cineclube e sua comunidade), tais como Arte/Design, Fotografia, Video, Edição e Serviços Contábeis. A demanda sobre elas varia de acordo com cada cineclube.

4 – Em relação a equipamentos de projeção e som, a demanda também varia de acordo com cada cineclube. Alguns precisam de todos os itens, outros de nenhum deles, e ainda há o caso de que cada um necessita de diferentes itens. Seja como for, no levantamento de custos de aluguel e compra, demonstramos que a compra é a opção que garante o melhor uso da verba pública, seja lá em qual item for. Neste sentido, se houver algum impeditivo para a realização de compras em 2023, a ASCINE-RJ e o poder público devem iniciar ação conjunta para reversão desse quadro já em 2024.

5 – Na pesquisa entre os cineclubes, foram indicados itens “de escritório” (HD Externo Portátil, Impressora) e de auxílio às sessões (extensão, adaptador, mesa, lona de cobertura, cadeiras, banheiros químicos, bebedouro, iluminação e serviço de pipoqueiro), bem como de registro/memória de todos os processos cotidianos (ainda o HD Externo Portátil e também uma câmera).

6 – A divulgação é uma demanda recorrente e se apresenta de diversas formas: panfletos, cartazes, banner, faixa, moto de som, sítio na internet, publicações turbinadas em redes sociais.

7 – Debatedor(a) também é item frequente, normalmente havendo a participação de duplas nas sessões. Além de um incentivo ao debatedor(a), espera-se que se possa garantir sua segurança através do fornecimento de transporte para a ida ao cineclube e, sobretudo, para o retorno para casa (sabendo-se que a maior parte das sessões são noturnas).

O valor final de R$ 160.011,07 presente no orçamento (para o mínimo de 1 sessão ao mês, ao longo de 12 meses, considerando o aluguel de equipamentos de projeção e som) é um indicativo que comprova o valor de prêmio individual de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) como sendo o mínimo para estímulo da atividade cineclubista.

Atenciosamente,

Comissão para Políticas Públicas

ASCINE-RJ – Associação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro

Aline Castella Freire – Cinema 360°            (Petrópolis)

Bia Marques – Cineclube Em Ação (Rio de Janeiro)

Bernard Brito – Projeto Cine Educação (Rio de Janeiro)

Joaquim Alves Ferreira Filho – Lumière Cineclube (Nova Friburgo)

Leandro Baptista de Almeida – Cineclube do Décimo (Rio de Janeiro)

Maria de Fatima Lima – Favela Cineclube (Rio de Janeiro)

Rodrigo Bouillet – Insulfime Cineclube (Rio de Janeiro)

Tabela de valores:

Alguns esclarecimentos:
1 – Os itens variam de cineclube para cineclube, cada um tem suas próprias necessidades. Portanto, não se trata de uma lista obrigatória, mas uma relação de produtos e serviços que são demandados com maior frequência pelos cineclubes;
2 – Os valores são cotações realizadas no RJ em abril de 2023, portanto, cada Estado deve fazer seu próprio levantamento de custos, para o orçamento ficar de acordo com sua realidade local.

Aluguel/Serviço e Material/Despesa01 Mês (R$)12 Meses OU Materiais / Despesas (R$)
Programação (R$ 86,00 hora/trabalho x 16 horas/mês)1.376,0016.512,00Elementos de Organização do Cineclube
Produção (R$ 86,00 hora/trabalho x 16 horas/mês)1.376,0016.512,00
Divulgação (R$ 56,50 hora/trabalho x 24 horas/mês)1.356,0016.272,00
Transporte150,001.800,00
Alimentação150,001.800,00
Arte/Design (logo e peças gráficas físicas e digitais)500,006.000,00 
Fotografia+Video+Edição (por sessão)1.000,0012.000,00Comparativo Para COMPRA de Equipamentos de Projeção e Som + Montagem
Serviços contábeis200,002.400,00
ALUGUEL de equipamentos de projeção e som – Item 1 – EQUIPAMENTOS DE PROJEÇÃO PARA CINEMA EM VÍDEO DIGITAL: SISTEMA COMPLETO COM PROJETOR DIGITAL DE ALTA RESOLUÇÃO – 4,500 FULL HD (1920×1080) – ALTA TAXA DE CONTRASTE ; SISTEMA DE PLAYER EM ARQUIVO DE COMPUTADOR INCLUINDO NOTBOOK, MÓDULO DE PLAYER DIGITAL / BLU RAY E DVD COM MONITOR E SELETOR DE CANAIS.2.600,0031.200,0011.787,95Projetor Acer X1126ah, Svga 4000 lmR$ 6.569,90  //  Notebook Samsung Book – I3 1115G4, RAM 32GB, SSD 256GB + HD 1TB, Intel Graphics Xe, Windows 10 – R$ 4.751,49  //  Dvd Blu-ray Player Lg Bp450 3d Usb Full Hd Up-scaling – R$ 466,56  //  sem monitor
ALUGUEL de equipamentos de projeção – Item 2 – SISTEMA DE SONORIZAÇÃO PARA CINEMA SOM DIGITAL 3.1, COM 3.000W DE POTENCIA INCLUINDO: 02 CAIXAS ACÚSTICAS PARA MÉDIO GRAVE DE 300W ; 02 CAIXAS ACÚSTICAS SW PARA SUB GRAVES 600W ; 01 PA COM 2 AMPLIF. DE POTÊNCIA DE 1000W ; 01 MICROFONE PARA APRESENTAÇÃO400,004.800,004.309,90Home Theater com Bluetooth 1000W com 5.1 Canais DVD Player Full HD HDMI USB – R$ 899,90  //  Star Sound – Caixa Ativa 12″ Com Bateria Com BT/FM/SD/USB SS-120 – R$ 1.799,80 (R$ 899,90 x 2)  //  Suporte De Teto para Projetor Antifurto Multivisão Multi-P-Gaiola-Pr; Cor branca – R$ 376,11  //  Tripé para caixa de som universal (R$ 185,00 x 2) – R$ 370,00  //  Cabo HDMI PIX 15m 2.0 4K UltraHD 19 Pinos com Filtro 018-1520 – R$ 155,90  //  Cabo P2 Para P10, Estereo Metal – 15 Metros – R$ 113,40  // Cabo Vga 15m Monitor Lcd Pc Tv Projetor 15 Metros Blindado – R$ 71,90  //  Microfone direcional dinâmico, Direcional: supercardióide – R$ 899,00
ALUGUEL de equipamentos de projeção e som – Item 3 – TELA DE VÍDEO DIGITAL TELA DE 3M X 1,8M FRONTAL, FORMATO 16:9 WIDE TENSIONADA EM QUADRO DE ALUMINIO COM BACK SCREEN COM ESTRUTURA DE BOX TRUSS Q-30 PARA SUSTENTAÇÃO.300,003.600,00930,65TELA DE PROJEÇÃO TRIPÉ TBTPS120V (2.44×1.83M) – TechLumens – 120 polegadas – Formato: 4:3 – parte de trás com uma camada preta “Black Out” – R$ 930,65
ALUGUEL de equipamentos de projeção e som – Item 4 – GERENCIA OPERACIONAL: TÉCNICOS / OPERADORES DE ÁUDIO E VÍDEO DIGITAL PARA MONTAGEM E OPERAÇÃO. (R$ 250,00 x 2 técnicos)500,006.000,001.200,00R$ 100,00 (ajudantes para transporte e montagem) x 12 (número de exibições)
ALUGUEL de equipamentos de projeção e som – Item 5 – TRANSPORTE DO EQUIPAMENTO. TRANSPORTE DOS EQUIPAMENTOS P/ ENTREGA E RETIRADA DO
MATERIAL.
400,004.800,001.200,00R$ 50,00 (trecho) x 2 (trecho ida e volta) x 12 (número de exibições)
Debatedor(a) – incentivo (R$ 100,00 debatedor(a) x 2 unidades = R$ 200,00)200,002.400,00
Debatedor(a) – transporte (ida e volta) (R$ 100,00 / debatedor(a) x 2 unidades = R$ 200,00)200,002.400,00
Divulgação 1 (Produção 2500 panfletos 14×20 coloridos 90g)400,004.800,00
Divulgação 2 (Publicações turbinadas em redes sociais)100,001.200,00
Divulgação 3 (Cartazes: papel couchê brilhoso 120g A3 + impressão colorida + fita adesiva)30,00360,00
Divulgação 4 (Moto de som pct 3h / R$105,00 + gravação do anúncio / R$ 30,00)135,001.620,00
Divulgação 5 (Sítio na internet:elaboração, construção, servidor, domínio) 1.000,00
Divulgação 6 (Banner com tripé) 300,00MATERIAIS E DESPESAS
Divulgação 7 (Faixa em Lona 0,70 x 3,00 m é impressa em 4×0 (Somente parte da frente) em lona 440g) 126,00
HD Externo Portátil, 2TB USB 3.0 Preto 483,89
Camera DSLR Full HD; Modos de Flash: Automático, Flash Manual, X-Syncro-Pino central; Lente EF 75-300mm f/4-5.6 III 4.899,00
Impressora colorida multifuncional 3 em 1 Wi-Fi – com Tanque de Tinta; Resolução máxima da Impressão 5760 x 1440 dpi 1.198,56 
Extens. Mltipla 5 Tomadas 2P+T Cabo De 5m (R$ 58,79 / unidade x 2 unidades = R$ 117,58) 117,58
Mesa Dobrável Tipo Maleta 180cm Preto 530,00
Lona 10mx10m Night & Day Plus DF com ilhoses a cada 20cm 3.900,04
Adaptador Tomada Internacional Universal Viagem Bivolt 150 países (R$ 10,00 / unidade x 2 unidades = R$ 20,00) 20,00
Bebedouro (Bebedouro de água natural e gelada branco. Acqua BBEO3BF biv. Britania) 340,00
Água – Galão 20L (R$ 10,00 / unidade x2 unidades = R$ 20,00)20,00240,00
Iluminação do ambiente (diversidade entre cineclubes: pilhas AAA, pisca pisca, querosene para tochas, etc.)70,00840,00
Aluguel de cadeiras plásticas (R$ 3,50 unidade x 50 unidades = R$ 175,00)175,002.100,00
Aluguel de banheiro químico (1 masculino + 1 feminino x R$ 200,00 cada = R$ 400,00)400,004.800,00
Carrinho de pipoca + pipoqueiro + material220,002.640,00
TOTAL 160.011,07 

Revisão de texto: Amanda Teixeira

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Informe do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros sobre a reunião com a SAV

Em reunião realizada no dia 05/07/2023, às 10h, no formato virtual, o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – CNC – e representantes de entidades estaduais reuniram-se com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura – SAv -, dando prosseguimento às tratativas geradas pelo documento, que foi em sua primeira versão, encaminhado ao então gabinete de transição e posteriormente, condensado em um novo registro, em conjunto com o Forcine e a ABPA, tanto para somar esforços, quanto para estabelecer um diálogo junto ao governo federal.

Nesta reunião do dia cinco de julho com a SAv, pautamos novamente nossas proposições em 10 pontos que chamamos de: Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, uma agenda robusta de mobilização popular, territorial, comunitária, cidadã e sócio cultural, a ser operacionalizado pela entidade nacional, em conjunto com as estaduais, a partir de celebração de convênio e cooperação técnica a ser firmado entre as partes – sociedade civil e governo federal.

Presentes nesta reunião o CNC e as representações das organizações Estaduais a saber:

Tetê Avelar – Presidenta do CNC / Cineclube Joaquim Pedro de Andrade, MG

Diogo Gomes dos Santos – Tesoureiro do CNC / Centro Cineclubista de São Paulo.

Fatinha Lima – ASCINE-RJ / Cineclube Favela Cineclube, RJ

Pedro Nunes – ASCINE-RJ / Cineclube Adélia Sampaio, RJ

Claudio Lyrio – Rede Cineclubista Bahia / Cineclube Mocamba, BA

Rafael Nascimento – FEPEC / Cineclube Alma no Olho, PE

Alex Fedox – Ciclo-CE / Cine Molotov, CE

Presentes nessa reunião pela SAv:

– André Ricardo Araújo Virgens – Coordenador-geral da Diretoria de Preservação e Difusão Audiovisual da SAv/MinC

– Adriana Gomes Silva – Coordenadora de Políticas de Cineclubes, Educação e Festivais

Thay Limeira – Chefe de divisão de Políticas de Cineclubes.

Após as apresentações iniciamos pela leitura do nosso Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro leitura realizada pelaFatinha Lima.

Como o documento tinha sido enviado antecipadamente e já era do conhecimento geral, durante a reunião, estabeleceu um diálogo de âmbito geral, servindo de parâmetros e de trocas de informações de ambos os lados, contribuindo para uma proveitosa convergência de percepções e encaminhamento, bastante alinhados, indicando a necessidade de executarmos uma agenda de reuniões, preservadas as especificidades, mas abrindo possibilidade de trabalho em via de mão dupla.

Quase todos os pontos do Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro apresentado à SAv, convergem, com as possibilidades aventadas pela equipe ministerial, diante das demandas apresentadas também por outros segmentos, que resultou na criação de uma Coordenadoria de Cineclubes, Festivais e Educação, premissa que nos permite reivindicar, a curto, médio e longo prazo, uma agenda de trabalho altamente promissora, tanto no que diz respeito a implantação de uma rede de cineclubes,, com aporte financeiro, fornecimento de equipamentos, internet de alta velocidade e acesso a filmes.

Avaliamos que a criação da coordenadoria/divisão de Cineclubes, Festivais e Educação, muito possivelmente possa vir a ser um dos fatos mais relevantes do cineclubismo brasileiro em sua relação histórica com o Estado. Fato que para o CNC e as organizações dos Estados está revestido de significado estratégico.

Concordaram que aquela era uma reunião que teria que dar sequência a mais outras pois algumas demandas exigiam diálogos maiores e mais aprofundados.

Sinalizaram a retomada do Cine Mais Cultura o mais breve possível (SAv), mas ainda não há nada estabelecido sobre verba, sobre quem iria administrar, quais seriam os primeiros passos da retomada. O CNC e as organizações estaduais naquele momento verbalizaram ter muito a contribuir com a implantação / critérios; ter apontamentos dos acertos e do que precisamos melhorar uma vez que muitos de nós participamos desse programa Cine Mais Cultura. O CNC se colocou à disposição para contribuir no que fosse possível.

A equipe da SAv entendeu e destacou que a curtíssimo prazo, o item 10 do documento, era nossa urgência e sinalizou no sentido reforçar a necessidade de apoiar a 31ª edição da Jornada Nacional de Cineclubes, a ser realizada no final deste ano, com aporte financeiro direto, como já aconteceu anteriormente. E naquele momento foram convidados para participarem da 31a Jornada numa mesa de debate.

O CNC atendendo ao pedido prometeu partilhar o nosso formulário de mapeamento com Adriana Gomes Silva-Coordenadora de Políticas de Cineclubes, Educação e Festivais e Thay Limeira- Chefe de divisão de Políticas de Cineclubes.

A devolutiva da SAv

Em reunião do dia 05/07/2023, às 10h, em formato de videoconferência com integrantes da DPDA/SAv/MinC e cineclubes representados, foi exposto os pontos considerados fundamentais para a implementação do Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo brasileiro proposto pelo CNC.

No momento de necessária reconstrução das políticas culturais do país, a DPDA/SAv/MinC foca na construção de um plano nacional de Difusão e Preservação Audiovisual que considere as demandas elencadas pelo setor, tendo em vista a memória institucional das implementações das experiências anteriores já realizadas, pelo Ministério e em interlocução com outras secretarias para que possamos apresentar um programa atualizado ao setor de difusão brasileiro.

No que tange a uma política de descentralização de recursos, desde fevereiro temos atuado na implementação da Lei Paulo Gustavo a qual poderá de maneira objetiva realizar editais de diferentes tipos através da execução de recursos por estados e municípios, inclusive trabalhamos em categorias e minutas disponibilizadas para pequenos e médios municípios visando aos diferentes perfis de atuação do audiovisual nos mais diversos territórios. Continuaremos trabalhando para a sensibilização dos agentes estaduais e municipais no que se refere ao fomento e implementação da pauta cineclubista na execução dos planos de ação da LPG, no qual celebramos a adesão recorde na história das políticas públicas do país com participação de 100% dos Estados e 98% de todos municípios brasileiros.

Quanto ao campo do Cinema e Educação estamos em grupo de trabalho com o MEC, participando do Seminário Nacional de Cultura e Educação e do Encontro de cinema e educação na Mostra de Ouro Preto com vistas à avaliar as proposições já pensadas durante o GT de Cinema e Educação realizado em 2015 entre MINC e MEC, bem como, para proposição de ações efetivas através de chamadas públicas para o campo do cinema e educação.

O amplo debate e articulação com as entidades da sociedade civil é fundamental para que possamos reestruturar a política de difusão brasileira, possibilitando um diagnóstico mais transparente e participativo do setor. Desde já, agradecemos a colaboração do CNC quanto ao compartilhamento do mapeamento de cineclubes brasileiros que subsidia um recorte da situação dos cineclubes nesse período pós-pandêmico.

Seguimos em diálogo e contamos com o apoio do Conselho Nacional dos Cineclubes Brasileiros, nessa fase de repensar e elaborar uma política continuada que tem como base o alcance da meta 30 do PNC que fortaleça o movimento, suas pautas e o devir crítico e formador dos cineclubes brasileiro.

Atenciosamente,

Thay Limeira

Chefe de Divisão de Políticas para Cineclubismo e Pontos de Exibição

Diretoria de Preservação e Difusão Audiovisual – DPDA

Secretaria do Audiovisual – SAV/ Ministério da Cultura – MinC                                                    

Nosso programa:

Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro

Apresentamos à Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura o Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, é desta forma que o movimento cineclubista organizado demanda do Estado Brasileiro um vigoroso programa para as exibições sem fins lucrativos; de mobilização popular, territorial, comunitária, cidadã e cultural, a ser operacionalizado pelo CNC, a partir de acordo de cooperação técnica a ser firmado com o Ministério da Cultura.

Elencamos 10 pontos fundamentais, que alicerçam o Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, todos já de conhecimento desta Secretaria através do documento “CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES BRASILEIROS – PAUTA 2023-2026”, antes apresentado ao Grupo Técnico VII – Cultura do Gabinete De Transição Governamental. Neste sentido, o referido documento continua válido e detalha as questões abaixo:

1 – De forma imediata, acesso aos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. À médio prazo, aumento da CONDECINE junto às empresas de telecomunicações e sua extensão às plataformas de Vídeo OnDemand.

2 – Garantia de assento ao CNC (bem como à ABPA e ao Forcine) em todas as instâncias deliberativas do audiovisual: Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual, Conselho Superior de Cinema, Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual e do Conselho Consultivo da Cinemateca Brasileira.

3 – Estabelecimento de 26.750 cineclubes (1 para cada 8 mil habitantes), com aporte financeiro, fornecimento de equipamentos, internet de alta velocidade e acesso a filmes. 4 – Garantia do “pleno exercício dos direitos culturais” aos cineclubistas e ao povo brasileiro, previstos no Artigo 215 da Constituição Federal, através do retorno à sociedade dos filmes subvencionados com recursos públicos com a disponibilização não-onerosa das produções audiovisuais aos cineclubes e a imunidade da atividade cineclubista frente ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD).

5 – Corroborando as pautas da ABPA, precisamos de Cinemateca Brasileira e Centro Técnico Audiovisual fortalecidos através de concursos públicos, orçamentos robustos, planejamento de longo prazo e participação popular. O estabelecimento de um programa de Preservação significa a constituição de um sistema de difusão de obras brasileiras através dos cineclubes.

6 – Criação de um portal para os cineclubes brasileiros onde possam publicar suas ações; interagir entre si e com o público; agendar e relatar suas atividades (o que já se torna uma ferramenta pública de acompanhamento e prestação de contas de cineclubes beneficiados com recursos públicos); e acessar um repositório virtual online, guarnecido pelo Estado, de acesso a filmes digitalizados em alta qualidade, primando pela acessibilidade.

7 – Corroborando as pautas do Forcine, precisamos do fortalecimento dos Cursos de Cinema e Audiovisual, da ampliação de bolsas e da política extensionista para a chegada de pesquisas bem como de pesquisadoras e pesquisadores ao cineclubismo, seja através de divulgação científica, estudos de campo ou desenvolvimento de atividades de exibição.

8 – Regulamentação da Lei 13.006/14 de forma a garantir a escola, através do cineclubismo, como um espaço de convergência da comunidade escolar, da população de seu entorno imediato e do movimento cineclubista local, sendo contemplada por todos os itens anteriormente citados. Faz-se necessário, portanto, assento ao CNC no Fórum Nacional de Educação (FNE-MEC) e no Conselho Nacional de Educação (CNE-MEC).

9 – Estabelecimento de Centros Populares de Cultura em todo o país, ou seja, espaços multiuso que abrigam a produção e o acesso a todas as expressões artísticas e culturais, de administração pública, para exibição exclusiva de filmes brasileiros a preços populares.CNC- Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros

10 – Para desenvolvimento, acompanhamento, fiscalização e avaliação permanente do Programa Nacional de Desenvolvimento do Cineclubismo Brasileiro, é fundamental que o Estado Brasileiro apoie a realização sistemática de Jornadas e Pré-Jornadas Cineclubistas nacionais e estaduais.

Sendo assim, diante de todo o nosso relato, comunicamos que vamos agendar novas reuniões para dar continuidade e aprofundar nas discussões pendentes.

presidenciadocnc@gmail.com

Revisão de texto: Amanda Teixeira

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Você é cineclubista? Saiba como ter acesso à lei Paulo Gustavo.

Todos os segmentos culturais podem ser contemplados pela Lei Paulo Gustavo. Você, cineclubista de todo o território brasileiro, também pode!
Nós, cineclubistas, precisamos estar atentos/as a tudo que acontece em nosso território: além de prazos e editais lançados pelos estados e municípios, também acompanhar a comissão que está ali na construção dos critérios, nos aspectos quantitativos e qualitativos. É importante que os editais reflitam a realidade do movimento cineclubista local.

Aqui estão todas as informações sobre a Lei Paulo Gustavo: https://linktr.ee/leipaulogustavo
Qualquer dúvida estamos aqui.

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Cineclubismo em Goiás: uma história de resistência e emancipação

Apresentação de livro sobre a história do cineclubismo em Goiás

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Este livro é resultado de um trabalho árduo de consolidação do movimento cineclubista no Estado de Goiás. Nele reunimos pesquisadores e cineclubistas que desenvolvem esta área do audiovisual com dedicação e esforço para receber o reconhecimento a nível nacional pela sua trajetória. O Cineclubismo goiano se desenvolve com o apoio das universidades públicas, centros culturais e a dedicação de muitas pessoas que com orgulho se definem cineclubistas. 

Qual é o papel do Cineclubismo na cadeia produtiva do audiovisual goiano? É ser espaço de exibição de filmes com posterior debate e análise, que permite uma apreciação diversificada da obra. Poder compartilhar experiências a partir da percepção do outro, enriquece o olhar e a compreensão do espectador. Um filme pode ter uma gama diversa de interpretações e percepções. Portanto, um filme assistido diversas vezes, sempre terá uma leitura diferente, haverá uma sequência, uma cena ou detalhes que nos chamam a atenção, pois o filme não é o mesmo e o observador sempre está em constante transformação, devido às mudanças em sua bagagem cultural, suas frustrações e suas conquistas.

O cineclube aproxima não somente o realizador ao espectador de forma inteligível, mas também de forma emotiva e sensitiva e democratiza o olhar. Ele transforma o público em participante da obra e permite ao realizador reviver seus sonhos, compartilhar as sensações e emoções experimentadas ao momento da realização e finalmente lhe permite avaliar seu processo de crescimento, pois com o tempo as percepções mudam, as expectativas se transformam e muitas vezes os sonhos se perdem. O Cineclube faz parte da cadeia produtiva, não pelo apelo econômico, mas sim pelo papel afetivo e interativo que significa ter alguém do outro lado da tela, alguém que possa te dizer que não entendeu nada do filme, ou simplesmente, que adorou e que foi a melhor experiência de seus últimos dias. 

A história do Cineclubismo em Goiás remonta aos anos 60, com a criação do Cineclube Centro de Cultura Cinematográfico (CCC) em 1966, de acordo com o livro do Beto Leão, “Centenário do Cinema em Goiás – 1909/2009”, publicado pela Kelps em 2010. Outros cineclubes nasceram posteriormente, entre eles os cineclubes João Bênnio, Nuestra América, Santa Helena, Paraiso, Cenarte e principalmente Cineclube Antonio das Mortes, que nos anos 70 teve um papel importante de resistência à ditadura militar. 

O Cineclubismo está em alta no Estado de Goiás. Com a parceria da Universidade Federal de Catalão e com o CINEGOIANIA, publicamos o link de acesso para o E-book e as experiências de consolidação do movimento cineclubista nas terras dos Goyas.

Acesso ao livro: 

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/623/o/ebook-ocineclubismoemgoias-100222.pdf?1645117

Lançamento do livro no Youtube no Canal da União de Cineclubes de Goiânia:

Texto: Francisco Lillo Biagetti
Revisão: Amanda Teixeira

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Cineclube Imigração: a integração entre o Chile e Goiás a partir do cinema

Introdução do livro “Cineclube imigração” sobre o papel do cineclubismo e a imigração em Goiás. 

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A integração do Estado de Goiás com outras latitudes continentais, no que diz respeito à arte e cultura, tem acontecido a partir de uma força ativa da comunidade goiana, os imigrantes chilenos. A comunidade chilena em Goiás é numericamente pequena, aproximadamente 500 pessoas entre nativos, esposas e filhos, número insignificante se comparado com as comunidades chilenas no resto do Brasil. O cinema tem sido uma das ferramentas utilizadas para integrar e para conhecer a cultura e as manifestações típicas. O meio de difusão tem sido a realização de ciclos de cinema chileno e manifestações artísticas que a destacam na cultura goiana.

As relações de amizade entre Brasil e o Chile, na atualidade, se dão pelo bom desempenho econômico que ambos os países conquistaram nas últimas décadas. Esta relação está presente também na literatura e no cinema. O livro “Cineclube Imigração”  tenta fazer uma aproximação dessa relação, enfocando os momentos importantes que entrelaçaram esta amizade, como o auge político vivido por muitos brasileiros exilados no Chile pela ditadura militar na década de 70 e a posterior relação dos imigrantes chilenos no Brasil. Finalmente o cinema como revisão do passado e como nexo entre duas nações que embora não possuam fronteira territorial, experimentam uma aproximação no processo histórico e ideológico.

A participação política na América Latina nos últimos 40 anos esteve marcada pelos diversos golpes de Estado e pelo retorno ao sistema democrático. A cinematografia latino-americana registrou de forma sistemática os fatos mais significativos da repressão, perseguição e torturas geradas em suas fronteiras. A relação de amizade entre Brasil e o Chile se deu pelo intercâmbio gerado entre ambos durante os processos ditatoriais entre 1964 a 1990. No Governo de Salvador Allende se exilaram no Chile aproximadamente 10 mil brasileiros, muitos deles jovens com inclinações artísticas e culturais, impedidos de exercer suas aspirações devido à participação na resistência política e guerrilheira contra a ditadura. Com o retorno ao sistema democrático, puderam desenvolver uma vida criativa e em outros casos imprimindo suas experiências vivenciadas no exílio chileno em suas produções cinematográficas.

O Cineclube Imigração tem como finalidade a integração cultural entre o Brasil e o Chile, a troca de experiências entre pessoas que moraram em ambos os países e que podem aportar novos elementos culturais e educacionais. A proposta do Imigração, além do intercâmbio cultural, é promover a integração do cinema e da educação. Um exemplo é a parceria com o Sindicato dos Professores de Escolas Particulares, que durante dois anos desenvolveram atividades relacionadas à temática da rotina do professor e a situação da educação na sociedade goiana, e a elaboração do Seminário anual “Encontro de Cinema e Educação”, que faz um diagnóstico e realiza uma aproximação dos projetos que envolvem Cinema e Educação de forma prática, divertida e criativa.

Este livro está dividido em cinco capítulos, elaborados para serem apresentados em Encontros de Cinema, como a Semana do Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (SAU), o Encontro de Pesquisadores de Cinema Chileno e Latino-americano da Cinemateca Chilena em Santiago e a elaboração de textos para os livros “América Latina e língua espanhola: Perspectivas decoloniais” publicado pela Universidade Federal de Goiás e “Cineclubismo em Goiás, uma história de resistência e emancipação”, editado pela Universidade Federal de Catalão.

O primeiro capítulo, denominado “Cinema e imigração: As realizações cinematográficas entre Brasil e o Chile”, apresentado na SAU em 2012, desenvolve um marco histórico em que ambos os países mantêm uma relação de amizade mesmo sem limites fronteiriços, mas preservam uma admiração mútua de respeito da cultura e os valores intrínsecos em cada uma das nações. Estes fatos são contados a partir de narrações bibliográficas e fílmicas que expressam as experiências e situações vividas. 

O capítulo dois denomina-se “A presença do Chile na cinematografia política brasileira dos últimos 30 anos”, apresentado no Encontro de Pesquisadores de Cinema Chileno e Latino-americano da Cinemateca Chilena no ano de 2015. Ilustra a memória dos militantes políticos da esquerda brasileira que vivenciaram o governo chileno do socialista Salvador Allende, relegados ao exílio e muitas vezes colaborando com a construção de um socialismo ao estilo chileno da “empanada e o vinho tinto”. A ascensão de Allende, a construção do sonho revolucionário abandonado no Brasil, a crise institucional, o golpe de Estado de Pinochet e o novo exílio com destino à Europa.

O capítulo três denomina-se “Cine imigração: chilenos em Goiânia, uma forma de ultrapassar as fronteiras através do cinema”. Apresentado na SAU em 2013, realiza uma descrição da composição e motivos que levaram um grupo de chilenos a criar um mecanismo de integração para dar a conhecer as expressões e manifestações culturais de seu país, através de ciclos de cinema, de textos, artigos e filmes.

O capítulo quatro realiza uma descrição da realidade audiovisual goianiense, tanto de formação como das projeções do cinema como ferramenta transformadora do processo educativo. Este material é um compêndio de três artigos realizados pelo Cineclube Imigração com a parceria de diversas instituições, como a Vila Cultural Cora Coralina, o Cine Cultura, o Colégio Decisão, o SENAC, o SINPRO, o CEPI Cecília Meirelles de Aparecida de Goiânia, o Curso de Audiovisual e Cinema da Universidade Estadual de Goiás, o Realizador Audiovisual Andreh Moons e os diversos Cineclubes que participaram, entre eles, cineclube 7ª Arte de Acreúna, Bernardone e Catedral das Artes de Goiânia, entre outros projetos que colaboraram com esta iniciativa. 

O primeiro é um texto narrativo em prosa, premiado no Concurso Literário para Professores do Sinpro em 2013, “Professor-imigrante, uma realidade particular  em Goiânia”. O segundo artigo foi apresentado na SAU em 2011, denominado “Os Audiovisuais na educação, uma oportunidade significativa de interação entre realizador e o professor”, porém o texto foi atualizado e recebe o nome de “Cinema, Cineclubismo e Educação”, que mais tarde inspirou o Seminário “Encontro de Cinema e Educação” que apresenta os projetos significativos que envolvem ações cinematográficas no sistema educacional. Este seminário se realiza desde 2013 e se encontra na 8ª edição. Finalmente a parceria do Cine Ibero-americano com o Sindicato dos professores de colégios particulares, que desenvolveu o projeto Cineclube Sinpro, com a finalidade de difusão do Cineclubismo no sistema educacional e como prática pedagógica dos professores.

O último capítulo está relacionado com “A Presença da Imigração chilena no movimento Cineclubista de Goiás (2014-2020)”, material que foi preparado para o livro “Cineclubismo em Goiás, uma história de independência e Emancipação”, destacando o papel da comunidade chilena no desenvolvimento da cultura e do desenvolvimento cineclubista no Estado de Goiás.

Para finalizar, breves conclusões sobre o papel do Cineclube Imigração no processo de integração entre a comunidade chilena localizada em Goiás, a população goianense e instituições culturais e educacionais chilenas, bem como as propostas de produção audiovisual e bibliográfica que permitam construir pontes de aproximação e contatos entre ambas as localidades. A realização de ciclos de cinema goiano no Chile permitirá uma abertura importante para integração e conhecimento das características culturais aproximando e diminuindo distâncias entre o Estado de Goiás e o Chile.

Texto: Francisco Lillo Biagetti
Revisão: Amanda Teixeira

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A sala do Cine Satyros Bijou ficou pequena para a inauguração do Cineclube Nicole Puzzi

Banner de divulgação da inauguração

Fundado em 21 de janeiro de 2023 e inaugurado no último dia 20 de julho, a sala do Cine Satyros Bijou, mesmo sendo acrescida de cadeiras extras, não foi suficiente para acomodar as pessoas que lá foram para prestigiar o lançamento do Cineclube Nicole Puzzi e assistir ao filme As Vampiras (2023) de Rubens Mello, com Débora Munhyz, Lis Vamp e Nicole Puzzi, como convidada especial.

O Cineclube é o resultado de um processo de construção em prol de preservar, conservar e difundir o legado da “Boca do Lixo”, polo de produção de filmes que ocupou as telas dos cinemas brasileiros nas décadas de 1970 a 1980, concorrendo de igual para igual com os enlatados estrangeiros. O cineclube está inserido num escopo que envolve examinar o legado daquele território cinematográfico paulistano, fato que a historiografia do Cinema Brasileiro registra, aquele ciclo de produção de filmes, como um dos mais significativos do país. 

Nicole faz parte das “Mulheres da Boca”, como diz o professor Máximo Barro, responsáveis pelo sucesso de bilheterias dos filmes produzidos no Território Cinematográfico Paulistano, uma das experiências mais controvertidas, belas e desconstruídas do Cinema Brasileiro. O professor e pesquisador do Cinema Brasileiro credita principalmente as mulheres protagonistas, o sucesso dos filmes produzidos naquele ciclo de cinema. Anteriormente essa primazia coube a figura masculino.¹

Neste aspecto, resgatar, preservar e difundir aquela metodologia de trabalho, no qual todos faziam de tudo, numa via de mão dupla, entre teoria e prática. Do que ali foi gestado, importa sua continuidade, uma vez que vem sendo assimilado pela nova geração, que acredita no ato democrático do fazer artístico. 

Nicole Puzzi, é uma das mais importantes atrizes que atuaram naquele quadrilátero da Rua do Triumpho, com as Ruas Vitória e Gusmões. Ela continua na ativa, como atriz e militante em defesa do Cinema da Boca.

O objetivo do cineclube está norteado pela trajetória da atriz; por sua intransigência com relação ao papel ativo da mulher na sociedade, pela crença no cinema popular, como uma forma de se comunicar com o grande público; na militância em prol da causa LGBTQIAPN+; por seu engajamento pela causa dos animais e contra todo tipo de preconceito e discriminação. 

Protagonista em diversos filmes que arrastaram multidões para os cinemas, Nicole hoje encarna a vanguarda que foi no passado por meio dos seus filmes, contribuindo para o protagonismo feminino que atualmente se soma às lutas das mulheres por salários justos e pela igualdade dos gêneros. Nicole Puzzi é mãe, assistente social, advogada, escritora, atriz, apresentadora de televisão, mulher independente, musa do cinema popular brasileiro e ativista social, em especial pelas causas dos animais indefesos e do meio ambiente.

Homenageá-la nomeando um cineclube com o seu nome é uma forma de dizer: “Viva o Cinema Brasileiro, viva as mulheres que fazem o cinema no Brasil”. A ação prática do cineclube será exibir filmes preferencialmente brasileiros, e promover debates, oficinas e seminários que giram em torno destes objetivos.

Inicialmente o cineclube terá uma sessão mensal no Cine Satyros Bijou às quintas-feiras, às 20h, sempre com debate após cada sessão. Sua programação até sua inauguração contemplaria filmes que a atriz participou e aqueles que abordam temas condizentes com os defendidos pela protagonista do cineclube. No entanto, depois do debate, ocorreram dois fatos que merecem destaque: 1) Vários cineastas que lá estavam já ofereceram seus filmes, inclusive os inéditos para serem exibidos e 2) diversas pessoas se propuseram a preencher ficha e participar da equipe do cineclube, vindo a somar esforços com os fundadores: Alexandre Miyazato, Diogo Gomes dos Santos, Joseane Alves Ferreira, Gisele Lourenço Lourenço de Siqueira, Maura Cardoso e Nicole Puzzi.

Filiado ao Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros

Texto: Diogo Gomes dos Santos

Revisão: Amanda Teixeira

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Oficina de Formação Cineclubista do projeto Territórios e Redes de Cineclubismo

Na última quinta-feira, 20 de julho, aconteceu a Oficina de Formação Cineclubista do projeto Territórios e Redes de Cineclubismo. O evento contou com a participação internacional da cineclubista Laura Godoy, da Red de Cineclubes Ecuador e teve a presença de 100 participantes, representantes de 23 estados brasileiros. A Oficina de Formação reuniu participantes de vários territórios, incluindo não apenas quem faz parte de cineclubes, mas também apaixonados pelo cinema que sonham em criar um cineclube, além de estudantes e pesquisadores da área.

O projeto foi realizado pelo Cineclube Eco Social com a parceria do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC). A oficina também teve apoio institucional do Sindicato dos Professores do Estado de Minas (Sinpro), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) de Minas Gerais, da Organização dos Cineclubes Capixabas e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Águia Branca – ES. 

A Formação foi ministrada por três convidados. Antônio Claudino de Jesus, do Espírito Santo, é cineclubista histórico e integra o Secretariado Latino Americano da Federação Internacional de Cineclubes (FICC), já foi presidente do CNC e da FICC. Tetê Avelar é de Belo Horizonte e é a atual presidenta do CNC. Rodrigo Bouillet, do Rio de Janeiro, atua há décadas no movimento cineclubista brasileiro. 

A oficina teve duração de duas horas e foi um momento de intercâmbio de conhecimentos, compartilhamento de vivências e troca de ideias, proporcionando imersão no universo cineclubista. O produtor executivo do projeto Territórios e Redes do Cineclubismo, coordenador do Cineclube Eco Social e secretário geral do CNC, Luciano Guimarães de Freitas, conta que a proposta do projeto foi promover ambientes e ações voltadas para a interação entre cineclubes e cineclubistas, buscando o diálogo entre diferentes públicos e identidades. 

“Uma das fontes que motivaram a elaboração do projeto foi uma percepção de que estamos vivendo um momento que nos pede a união e o diálogo, o encontro de olhares e forças em prol da superação e reconstrução após os impactos da pandemia e após os últimos anos, entre 2016 e 2022, que foram sombrios para o setor cultural” Diz Luciano.

O produtor afirma que os cineclubes e as pessoas resistiram e seguem produzindo arte e cultura. Segundo ele, uma prova disso é que os cineclubes seguem fazendo sucesso, dos mais antigos até os novos.

“Entre os resultados deste atual momento do movimento cineclubista brasileiro, a sua entidade nacional, o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – CNC renovou suas forças, superou o período da pandemia, e vem atuando em várias ações junto ao movimento cineclubista e ao cenário cultural no Brasil, dialogando com cineclubes, entidades cineclubistas estaduais, com entidades e organizações relacionadas ao audiovisual e a cultura, além de estar se mobilizando para realizar a 31ª Jornada Nacional de Cineclubes, que certamente será um importante marco para o atual momento do Movimento Cineclubista Brasileiro. Juntos e Juntas podemos muito mais.” Diz Luciano Guimarães de Freitas.

As ações do projeto Territórios e Redes de Cineclubismo seguem acontecendo e a Oficina de Formação Cineclubista foi o ponto de partida da imersão no cineclubismo. Como continuidade das ações, foi criado um grupo de e-mails chamado “Cineclubismo em Rede”, que reúne os participantes alcançados e visa promover um espaço para a troca de ideias, debates e construção de futuras ações, incluindo circuitos de exibição de filmes entre cineclubes. 

A próxima ação acontecerá no dia 28 de julho, com o Workshop Novas Mídias e Redes. Já entre os dias 16 e 19 de agosto ocorrerá o Seminário Nacional de Cineclubismo. O calendário das atividades pode ser acompanhado através dos canais e redes do projeto Territórios e Redes de Cineclubismo.

Contato: ecosocial.projetos@gmail.com

Canal no YouTube: https://youtube.com/@TerritoriosdeCineclubismo

Página no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100093128197287&mibextid=ZbWKwL

Contato do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros: diretoriacnc2@gmail.com

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Campanha de mapeamento dos cineclubes brasileiros

Todo e qualquer cineclube está convidado a preencher o formulário de mapeamento dos cineclubes brasileiros! Cineclubes que realizam sessões presenciais, remotas ou aliando as duas formas. Cineclubes em atividade ou em suspenso.

Queremos saber como vocês estão!

Os anos de retrocesso político aliados à pandemia desarticularam muitas atividades e o CNC precisa de informações sobre o seu cineclube para a melhor organização do movimento cineclubista brasileiro e promover a luta por políticas públicas.

Colabore com o mapeamento dos cineclubes brasileiros respondendo as questões e divulgando este formulário.

★ Formulário para mapeamento (Google Forms)

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Mapa dos cineclubes no Brasil

Veja a localização dos cineclubes no Brasil, em um mapa interativo no qual você terá a informação de cada cineclube (localização, pessoa a contactar, e-mail e página na web).

★ Google Maps

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Modelo de estatutos para cineclube

Este modelo é uma sugestão de estatutos práticos e simples, adequados à legislação brasileira, para um cineclube. Discuta-os e adapte-os a seus objetivos específicos.

ESTATUTO DO CINECLUBE

CAPÍTULO I – DA DENOMINAÇÃO, SEDE E DURAÇÃO

Art. 1º – O cineclube __________ é uma associação cultural, sem fins lucrativos, com sede na cidade de __________, estado de __________, e duração por tempo indeterminado.

CAPÍTULO II – DOS OBJETIVOS

Art. 2º – O cineclube tem como objetivos:

a) Promover a difusão e a valorização do cinema nacional e internacional;
b) Proporcionar atividades culturais e educativas relacionadas ao cinema;
c) Estimular a formação de público crítico e interessado em cinema;
d) Fomentar a discussão e a reflexão sobre a produção cinematográfica e seus temas;
e) Proporcionar o acesso à produção cinematográfica alternativa e independente;
f) Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural.

CAPÍTULO III – DOS SÓCIOS

Art. 3º – Podem ser sócios do cineclube todas as pessoas físicas ou jurídicas que se identificarem com seus objetivos e se comprometerem a contribuir com sua manutenção e desenvolvimento.

Art. 4º – Os sócios serão classificados nas seguintes categorias:

a) Fundadores: aqueles que participaram da fundação do cineclube;
b) Efetivos: aqueles que foram admitidos após a fundação, mediante proposta e aprovação pela diretoria;
c) Honorários: aqueles que, por sua relevância cultural ou colaboração significativa ao cineclube, foram eleitos em assembleia geral.

Art. 5º – A admissão de sócios efetivos será feita mediante preenchimento de ficha de inscrição e aprovação pela diretoria.

Art. 6º – Os sócios têm o direito de votar e ser votado nas assembleias gerais, participar das atividades do cineclube e usufruir de seus benefícios.

Art. 7º – Os sócios estão sujeitos às obrigações estabelecidas neste estatuto e às deliberações das assembleias gerais.

CAPÍTULO IV – DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 8º – O cineclube será administrado por uma diretoria eleita em assembleia geral, composta por um presidente, um vice-presidente, um secretário e um tesoureiro.

Art. 9º – O mandato da diretoria é de 2 (dois) anos, sendo permitida a reeleição.

Art. 10º – A diretoria tem como atribuições:

a) Representar o cineclube em juízo ou fora dele;
b) Gerir o patrimônio e os recursos do cineclube;
c) Convocar e presidir as assembleias gerais;
d) Elaborar o plano de atividades e o orçamento anual do cineclube;
e) Deliberar sobre a admissão e exclusão de sócios efetivos;
f) Realizar atividades e eventos relacionados aos objetivos do cineclube.
g) Zelar pela manutenção e conservação do acervo de filmes do cineclube;
h) Prestar contas anualmente aos sócios e à assembleia geral;
i) Cumprir e fazer cumprir este estatuto e as deliberações das assembleias gerais.

CAPÍTULO V – DAS ASSEMBLEIAS GERAIS

Art. 11º – A assembleia geral é a instância máxima de deliberação do cineclube, e é composta por todos os sócios efetivos.

Art. 12º – As assembleias gerais serão ordinárias e extraordinárias.

Art. 13º – As assembleias gerais ordinárias serão realizadas uma vez por ano, até o dia 30 de abril, para apreciação do relatório de atividades e do balanço financeiro do cineclube.

Art. 14º – As assembleias gerais extraordinárias serão convocadas pela diretoria ou por um terço dos sócios efetivos, e terão como finalidade deliberar sobre assuntos específicos.

Art. 15º – As convocações para as assembleias gerais serão feitas por meio de edital afixado na sede do cineclube, com antecedência mínima de 15 dias, devendo constar a data, hora, local e pauta da assembleia.

Art. 16º – As deliberações das assembleias gerais serão tomadas por maioria simples de votos dos presentes, salvo disposição em contrário neste estatuto.

CAPÍTULO VI – DO PATRIMÔNIO E RECURSOS

Art. 17º – O patrimônio e os recursos do cineclube serão constituídos por:

a) Contribuições dos sócios;
b) Doações, legados e subvenções;
c) Recursos obtidos por meio da realização de atividades e eventos;
d) Outros recursos permitidos pela legislação.

Art. 18º – Os recursos do cineclube serão aplicados exclusivamente na consecução de seus objetivos, sendo vedada sua distribuição aos sócios, sob qualquer forma ou pretexto.

CAPÍTULO VII – DA DISSOLUÇÃO

Art. 19º – A dissolução do cineclube somente poderá ser decidida em assembleia geral extraordinária, convocada especificamente para esse fim, por maioria absoluta dos sócios efetivos.

Art. 20º – Em caso de dissolução, o patrimônio e os recursos remanescentes serão destinados a uma entidade cultural sem fins lucrativos, escolhida pela assembleia geral.

CAPÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21º – Os casos omissos neste estatuto serão resolvidos pela diretoria, ad referendum da assembleia geral.

Art. 22º – Este estatuto entra em vigor na data de sua aprovação pela assembleia geral.

Local e data: ______________________________________________________

Assinaturas dos fundadores: ________________________________________

(nome completo, profissão, estado civil, nacionalidade, RG, CPF, residência)

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Cineclubes apresentam demandas ao Governo Lula

Cineclubes Brasileiros apresentaram demandas ao
Grupo de Transição da Cultura do Governo Lula

O documento também avaliou ações dos governos anteriores, pediu a “desmilitarização da vida”, a restauração de direitos e apresentou uma agenda para o futuro da cultura e do audiovisual brasileiro.

O CNC, Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, compôs a comitiva das entidades do audiovisual brasileiro que se reuniram com o Grupo Técnico de Cultura do Gabinete de Transição Governamental no dia 3 de dezembro de 2022. As demandas do movimento cineclubista foram entregues a Juca Ferreira, ex-secretário executivo e ex-ministro do Ministério da Cultura.

As demandas estão divididas em 5 eixos perpassando aspectos como:

  • a desmilitarização da vida (para garantia e segurança da livre expressão nos debates após as sessões);
  • a recuperação e o avanço das políticas públicas sociais (com a revogação de todas as leis que operam contra a classe trabalhadora),
  • a restauração e a expansão do ambiente institucional da Cultura em compromisso com as camadas mais vulneráveis da população (para contenção e solapamento das regressões ideológicas sofridas pelo país nos últimos tempos);
  • a universalização de práticas, fazeres e saberes de todos os segmentos do Cinema e do Audiovisual bem como uma regulação do mercado interno atendendo aos interesses nacionais;
  • a mais profunda e plena popularização da prática cineclubista no país (para consecução de todas as demandas anteriormente elencadas).

Veja a íntegra do documento:

Propostas do CNC ao Governo Lula (PDF)

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Filiação e participação na 31ª Jornada

Caso o cineclube queira se filiar ao CNC, responda todas as questões do formulário, e pague a taxa de anuidade (ano-calendário de 2023) de R$ 50,00 (cinquenta reais).

★ Formulário

A filiação dá direito à participação na 31ª Jornada Nacional de Cineclubes (que será realizada em novembro de 2023, em local a confirmar).

O direito a VOTO na Jornada só poderá ser exercido por cineclubes ATIVOS pelo período mínimo de 6 (seis) meses antes do evento.

Instruções para o pagamento da taxa de anuidade (ano-calendário de 2023):

  1. A taxa de anuidade é de R$ 50,00 (cinquenta reais); 
  2. Forma de pagamento:
    Conta NUBANK (0260), Agência 0001, C/C 75568820-1 ou PIX 11987230892
    Diogo Gomes dos Santos (Tesoureiro), RG 246012572, CPF 577469908-00
  3. Envie comprovante de depósito, informando o NOME DO CINECLUBE, para o e-mail tesouraria2.cncbrasil@gmail.com, ou Whatsapp (11) 98723-0892

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