Jorge Andrade
Ed. Amarilys
A obra de Jorge de Andrade é uma profunda reflexão sobre a formação da sociedade brasileira, desde as primeiras bandeiras até a decadência das oligarquias paulistas nas primeiras décadas do século XX.
Misto de autobiografia, ficção e reportagens que realizou para a revista Realidade, o romance Labirinto investiga os meandros da memória e constitui uma verdadeira busca de si mesmo em meio a acontecimentos históricos, eventos fictícios e conversas sinceras e reveladoras.
Andrade encontra ecos de seu labirinto pessoal em diálogos com nomes-chave do pensamento nacional, como Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido e Gilberto Freyre.
No estúdio do artista plástico Wesley Duke Lee, ou na companhia de Érico Veríssimo, vê-se às voltas com recordações do ambiente familiar tradicional e autoritário. Em reportagem no interior de um presídio, reconhece como espelho o amor e ódio que um prisioneiro sente pelo pai. Pessoas, objetos e sensações o remetem a velhas memórias que ganham vida por si próprias.
Jorge Andrade (1922-1984) foi um de nossos dramaturgos mais expressivos. Peças de sua autoria como A moratória, Pedreira das almas e Os ossos do barão estão entre os clássicos do teatro brasileiro.
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