Adélia Prado
Ed. Record
Quando Glória recuperava a alegria, Glória ficava íntima. E descobria – desde toda a sua vida, o medo, o sentimento de culpa que não a preservavam, antes a endureciam. Mas estar alegre era possuir intimidade, seu corpo não era mais feito de partes, mas uma só coisa harmoniosa, ajustada, digna de amor e amar, fazer os outros felizes.
Adélia Prado, a autora, começou a escrever em 1950, mas é na década de 70 que ela começa a escrever de forma torrencial, dando veios às influencias literárias recebidas das leituras de Drummond, Guimarães Rosa, Clarice Lispector.
O que mais chama a atenção na literatura de Adélia é a religiosidade embutida e/ou subentendida em seus textos. Ela trata as coisas do cotidiano com perplexidade, entendimento e pureza. Sua obra é atemporal, moderna, transformando em lúdico a realidade descrita, fazendo com que os fatos mais corriqueiros ganhem uma beleza poética de grande originalidade.
Adélia Prado usa palavras muitas ausentes dos dicionários. Ou os poemas/textos q ora me chegam contém algum possível equívoco. No caso, aparece a palavra “drávida”. Quero saber se ela usou mesmo tal palavra, como voz de personagem, ou foi um erro de quem escreveu e me enviou o poema.