Leandro Sarmatz – Uma fome – Ed. Record
Nos contos deste livro nota-se um olhar crítico e melancólico que trai a desconfiança de que algo deu errado em nosso projeto de civilização.
Como num exílio voluntário, como quem vê de fora nossas mazelas, o autor perpassa com profundidade os temas e as personagens.
Desta forma, consegue uma empatia com o leitor em função da solidão destes últimos, em geral burgueses sem o menor pendor para interagir com a realidade.
O que mais tenciona as histórias é nos colocar diante de personagens em crise sem que saibamos exatamente o motivo e o desencadeamento dessas mesmas crises.
Talvez porque, como afirma Heitor Ferraz Mello, tudo é levemente sugerido e o momento da tragédia que se anuncia não é apresentado.
O autor nos mostra apenas a dor que se vai adensando nas vidas dos personagens que pode tanto ser um grande pesquisador quanto um roteirista picareta de televisão.
Sobre levi
Poeta, ficcionista, ensaísta, sociólogo e professor universitário. Presidente da UBE - União Brasileira de Escritores, diretor do Sindicato dos Sociólogos de S. Paulo e Presidente do IPSO - Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos. Integra a Coordenação do Movimento Humanismo e Democracia e o Conselho de Redação da Revista Novos Rumos.
Foi Presidente da ASESP – Associação dos Sociólogos do Estado de São Paulo, Administrador Regional de Santana -Tucuruvi (SP). Coordenador da Proteção dos Recursos Naturais do Estado de São Paulo.
Livros Publicados: Burocratas e Burocracias (ensaio, SP, Ed. Semente, 1981); Ônibus 307 – Jardim Paraíso (poesia, SP, Muro das Artes, 1983); A Portovelhaca e as Outras (poesia, SP, Paubrasil, 1984). O Seqüestro do Senhor Empresário (romance, SP, Publisher/Limiar, 1998); O Inimigo (contos, Limiar – SP, 2003). Recebeu o Prêmio de Revelação de Autor da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte e outros. Publicou diversos artigos, contos, crônicas, poemas e resenhas literárias em coletâneas, jornais e revistas.
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