Para quem não sabe existe a FLIP e a OFF FLIP (fora da FLIP). A primeira é a Festa Literária Internacional de Paraty que reúne autores do Brasil e do exterior em conferências, debates, lançamentos de livros etc. É organizada por grandes editoras e a Pref. Municipal de Paraty, cidade colonial tombada pela singeleza de seu patrimônio histórico.
A segunda, a OFF FLIP, é constituída por autores que não constam da programação da primeira. Menos badalados que os oficiais, eles vêm na festa a oportunidade de mostrar e vender seus livros a um público supostamente interessado em literatura.
O fato chocante é o de que na edição da FLIP deste ano de 2009, alguns destes escritores tiveram seus livros apreendidos pelos fiscais da Prefeitura de Paraty. Apreendido também o artesanato oferecido por indígenas e quilombolas (habitantes dos quilombos).
Fica aqui nosso protesto contra os organizadores da FLIP e a Pref. de Paraty. Apreensão de livros é coisa dos tempos da inquisição e de regimes totalitários; quanto ao artesanato de índios e quilombolas é atitude colonial e escravista. Tudo somado temos preconceito e arbítrio, proibidos pela Constituição.