David Treece
Edusp e Nankin Editora
Durante 4 séculos – entre a descoberta do Brasil, em 1500, e a proclamação da República, em 1889, os índios brasileiros foram vítimas de um processo de dimensão genocida.
De uma população de cerca de 5 milhões sobraram, no começo do século XX, apenas 100 mil. Mas fenômenos semelhantes a este – ou até piores – teriam acontecido em toda a América e em todos os processos em que uma etnia se impõe sobre outra ao longo a história,
No caso brasileiro, o que chama a atenção é o contraste entre o tratamento dado ao índio e seu perfil traçado pelo pensamento nacionalista e pela literatura romântica do país. Segundo estas vertentes integracionistas, os indígenas teriam sido assimilados pela sociedade dominante num processo de convivência pacífica.
Neste livro, o estudioso britânico David Treece debate esta contradição e aborda a atuação dos artistas e intelectuais que se envolveram com a questão indigenista em algum período de nossa história.