Miguel Angel Astúrias
Ed. Expressão Popular
Esta obra tem como tema a invasão da Guatemala por forças mercenárias a serviço dos interesses imperialistas da empresa estadunidense American Fruit Company, a La Frutera.
Weekend na Guatemala descreve essa invasão, ocorrida em 1954, quando aquele pequeno país tentava estabelecer um projeto popular. O imperialismo estadunidense, não querendo intervir diretamente, promoveu o recrutamento em massa da escória social em vários países latino-americanos, assolados pelo desemprego e pela miséria, para formar um exército de mercenários, financiado pelo próprio governo estadunidense e pela American Fruit.
A elite econômica e setores da pequena burguesia guatemalteca forneceram a base social de sustentação interna da agressão. Resultado: milhares de crianças, homens e mulheres, jovens e idosos assassinados, o projeto popular destruído, o país invadido, o povo humilhado.
Whisner Fraga indica a leitura de Weekend na Guatemala. Ele diz: “Um sargento imperialista é encarregado de transportar o armamento que será utilizado na invasão norte-americana. Mas, bêbado e descontente, não conta com a tenacidade de uma estudante guatemalteca, militante de uma organização clandestina, que fará o possível para que a mercadoria não chegue a seu destino”.
Este é o início do romance político que teve inspiração na invasão ocorrida na Guatemala, no ano de 1954. A situação do país levou o autor a focar o sofrimento humano diante do poder daquele que pilha cidades indefesas em nome de uma democracia duvidosa. Weekend na Guatemala, de Miguel Ángel Astúrias, é uma publicação da editora Expressão Popular. A dica é do Whisner Fraga.
“Outras Palavras”, programa de literatura de Levi Bucalem Ferrari na Rádio Cultura Brasil.