Neste ano, o Brasil comemora o centenário da morte de Joaquim Maria Machado de Assis, tido por muitos como o melhor escritor brasileiro. Segundo o crítico norte-americano, Harold Bloom, Machado está entre os 100 maiores gênios da literatura de todos os tempos, ao lado de clássicos como Dante, Shakespeare e Cervantes. E é também o melhor escritor negro da literatura ocidental.
De família pobre, filho de um pintor de paredes, descendente de escravos, Machado tinha ainda graves problemas de saúde: era epilético e gago. Ficou órfão de mãe muito cedo.
Não freqüentou escola regular, mas, com a morte do pai, passou a trabalhar como vendedor de doces num colégio do bairro. Ali, teve contato com professores e alunos e é provável que tenha assistido às aulas quando não estava trabalhando.
Desta forma, mesmo sem escolaridade regular, e com todas as dificuldades já mencionadas, o menino Joaquim empenhou-se em estudar e se tornou, ainda muito jovem, um dos maiores intelectuais do país.
Aprendeu diversas línguas e leu, além dos clássicos, os escritores mais importantes de seu tempo. Foi fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
A biografia de Machado é um exemplo inquestionável da importância da leitura. Não fosse por seu exercício, o Brasil e o mundo não teria a obra deste grande gênio. Por enquanto é só, caros ouvintes. Em outras ocasiões falaremos sobre livros e textos do imortal Machado de Assis.
Ouça aqui o programa:
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