A relações de brasileiros com os portuguesas começa a render uma rica literatura. O maior exemplo disso é o romance Meu Brasil Angolano, escrito pelo diplomata Raul de Taunay que começa a puxar o fio deste relacionamento, que segue a mão inversa que sempre norteou a relação do Brasil com os povos oriundos da África.
A ida de brasileiros para viver em países africanos, especialmente os de língua portuguesa, cria um novo clima para esta relação. Se antes os povos africanos influenciaram nossa cultura, agora brasileiros começam a levar de volta o resultado desta influência.
Como um farol, as letras de escritores apontam para esta nova realidade. Naturalmente os resultados não ficam restritos à área da literatura, mas também da música e de todos os demais segmentos das manifestações artísticas.
Esta relação deve representar uma nova vertente para a produção de obras na língua portuguesa. O romance de Raul de Taunay já é um indicador disso, do quanto é promissora esta ligação que as ex-colônias portuguesas na África têm com o Brasil.
Além deste livro que é um marco na relação de dois povos, o diplomata brasileiro, Raul de Taunay, também já escreveu livros de poesias. Seus versos foram elogiados por um grande nome da poesia do nosso país: Vinícius de Moraes.
Vamos conhecer esta nova vertente na rica literatura brasileira através da leitura do romance Meu Brasil Angolano de Raul de Taunay.
“Outras Palavras”, programa de literatura de Levi Bucalem Ferrari na Rádio Cultura Brasil.
A nova fase das relações entre o Brasil e os paises africanos de fala portuguesa mas do que simplesmente aproximar esses povos, tende a valorizar mais o brasileiro de origem africana dentro da sociedade brasileira. Isso desde que não se limitem essas relações ao comercio externo, a busca de um lugar mais consistente do Brasil no plano internacional. As trocas culturais são essencialissimas para que haja um maior conhecimento do Brasil sobre os africanos. Dos brasileiros sobre a historia dos afrobrasileiros.
prezado senhor levy,
venho agradecer penhoradamente as honrosas palavras com que distingiu o livro meu brasil angolano, recentemente editado pela prefacio em lisboa.
saiba que fiquei muito reconhecido com suas impressoes e analises, e que me coloco a sua disposicao aqui no zimbabue, onde me encontro em missao desde 2007.
encareco situar me entre seus amigos pois a partir de hoje considero me um deles,
raul de taunay, embaixador do brasil no zimbabue e no malaui
Prezado Embaixador e amigo Raul de Taunay. Invertamos a mão. Sou eu quem se sente honrado com o prazer de divulgar seu livro. A intenção deste blog, bem como de meu programa radiofônico “Outras Palavras”, apresentado na Rádio Cultura Brasil (AM 1200 São Paulo às 9,20 hs) é o de divulgar livros de boa qualidade feitos, principalmente, por autores brasileiros, lusofalantes e latino-americanos e, mais ainda, quando têm em vista a divulgação dessas literaturas e culturas irmãs. Evito falar de “best-sellers” pois sobre eles outros blogs e programas de rádio já falam demais. Admiro o trabalho do Itamaraty onde tenho alguns grandes amigos como Samuel Pinheiro Guimarães, Jerônimo Moscardo, César Amaral (ora em Frankfurt) e muitos outros. Tenho a certeza de que nosso país está muito bem representado no Zimbawe e no Malaui. Espero que V. Excia. continue divulgando o intercâmbio cultural África-Brasil cujo conhecimento nos é tão importante. Convido-o também a participar da UBE – União Brasileira de Escritores bastando acessar seu portal: http://www.ube.org.br. Obrigado.
Levi Bucalem Ferrari
presidente da União Brasileira de Escritores
Caro Talapaxi,
Não lhe respondi antes porque estive viajando e o blog esteve também parado. Concordo com tudo que você diz e lamento que ainda nós brasileiros conheçamos tão pouco da África, tanto no sentido da influência que dela recebemos quanto no sentido apontado pelo livro do Embaixador Raul de Taunay. Outro livro que vai nesta direção é “Um rio chamado Atlãntico” escrito por Alberto da Costa e Silva, ex-embaixador na Nigéria, membro da Academia Brasileira de Letras e ganhador do Troféu Juca Pato – Intelectual do Ano em 2003, prêmio este oferecido pela UBE. Otimista que sou percebo um aumento significativo dos movimentos de valorização da cultura afro-brasileira, em todas as áreas, principalmente após a implantação do programa Mais Cultura, instituído pelo ex-Ministro Gilberto Gil e mantido pelo atual Juca Ferreira.
Obrigado pela presença e Abraços
Levi Bucalem Ferrari
presidente da União Brasileira de Escritores
preciso saber se tem mais livros escrito pelo Raul Taunay
e quais os titulos e se é facil adquirir
preciso ler e saber mais sobre este assunto é muito interesante
quero saber tambem em que livraria posso comprar estes livros que falam de Brasil Angola
Cara Paula,
Desculpe-me pela demora, é que estive viajando. Adquira o livro em qualquer grande livraria como Cultura, Saraiva, FNAC, etc. Também pode ser comprado pela internet bastando digitar em um serviço de busca nome do autor ou do livro
Olá, Sr. Levi!
Confesso que não conhecia seu blog e que “caí” nele meio sem querer… Acontece que adquirí recentemente o maravilhoso livro do Embaixador Raul de Taunay – Meu Brasil Angolano – e ao lançar o nome do livro no google apareceu seu blog… foi assim mesmo!
Quero compartilhar-lhe como adquirí-o, é curioso…
Estudo Hístória na UCS, em Caxias do Sul, mas moro em Veranópolis – Terra da Longevidade. Ocorre uma feirinha anual no pátio coberto da universidade. Alí vendem-se desde bugigangas, roupas e sapatos usados até livros, novos e velhos. Tudo doado, para uma entidade que cuida de animais abandonados, principalmente cães. Foi nesta feirinha que comprei por módicos R$ 3,00 a obra do Sr. Embaixador.
Reconheço minha ignorancia, mesmo sendo estudante de História, sobre a África, mais ainda sobre o Sr. Embaixador Taunay. Há uma tremenda falha no currículo, pouco se lê a respeito do Brasil Angolano. No entanto, agora fiquei curioso e estou a buscar informações.
Enviarei o link do seu blog para todos meus amigos e colegas de aula.
Muito obrigado pela oportunidade.
Fernando Garbinato
Veranópolis, 11.12.2010