Sobre a Federação

Federação de Cineclubes do Estado de São Paulo

O espaço do público do audiovisual

A Federação descende do Centro dos Cineclubes, primeira entidade representativa do nosso movimento cultural e social, fundado em 1956. Em 1975, o Centro dos Cineclubes promoveu uma mudança radical em sua organização e passou a chamar-se Federação Paulista de Cineclubes. Em 2007, por razões puramente burocráticas, assumimos a denominação formal de Federação de Cineclubes do Estado de São Paulo, mas muitos ainda nos referimos à nossa entidade pelo nome anterior.

A Federação reúne atualmente cerca de 50 cineclubes de todas as regiões do estado e que atuam em comunidades de bairros na capital e outras cidades grandes; estão presentes nas cidades médias e pequenas, onde já não há cinema, e em escolas e faculdades, ou junto a variadas associações, com formas de atuação e programações bem diversificadas.

Como todos os cineclubes que a constituem, a Federação é uma associação que se caracteriza pela organização democrática e pelo trabalho coletivo, não tendo finalidade lucrativa. Trabalha pela auto-organização do público, pelo reconhecimento dos seus direitos, pela conquista de políticas públicas que permitam o acesso da maioria da população à cultura, à arte, ao conhecimento e à informação correta, tendo como principal suporte as diferentes modalidades de comunicação audiovisual. Ou seja, as formas contemporâneas do cinema.

No Brasil – como na grande maioria dos países – a produção de poucas grandes corporações comerciais domina completamente o mercado, impondo não apenas um modelo estético muito pobre e limitado, mas que aniquila a expressão cultural cinematográfica brasileira, assim como a diversidade, excluindo igualmente as cinematografias de todo o mundo.

Ao estabelecer um mercado voltado exclusivamente para o negócio de Hollywood, gerou um cinema alienado, excludente, elitista, a que mais de 90% da população brasileira não tem acesso. Nessa realidade, o público do audiovisual é encarado e relegado ao papel de platéia passiva, de espectador submisso, de consumidor desprovido de interesses e inteligência, mero objeto e nunca sujeito do processo de comunicação.

Nossa Federação defende a valorização do cinema brasileiro – e, em especial o de produção independente – e a promoção do pluralismo cultural.

Os cineclubes paulistas, como os de todo o país, representam exatamente o esforço, e sobretudo o exemplo, para a criação de um outro modelo de audiovisual no Brasil, em que o público é o sujeito: consciente, organizado, capaz e livre para se expressar.

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