CNC – Nova diretoria eleita durante a Jornada Nacional de Cineclubes

Reunidos em Belo Horizonte para celebrar os 80 Anos do Cineclubismo no Brasil, representantes de 129 cineclubes em atividade em 18 estados brasileiros, participaram, entre 17 e 21 de novembro, da 27ª Jornada Nacional de Cineclubes, ao final da qual foi eleita uma nova diretoria para o CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e reelegeram o capixaba Antônio Claudino de Jesus para comandar a entidade por mais dois anos.

Veja a matéria completa, escrita por João Baptista Pimentel, aqui

Veja também os relatórios dos grupos de trabalho da Jornada.

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Apresentação

Esta é a primeira entrada do Blog da Federação de Cineclubes do Estado de São Paulo ou Federação Paulista de Cineclubes. Aqui neste espaço você encontrará, periodicamente, informações sobre as atividades da Federação, mas também artigos sobre cineclubismo, cinema e audiovisual de modo mais geral.

Federação de Cineclubes do Estado de São Paulo

O espaço do público do audiovisual

A Federação descende do Centro dos Cineclubes, primeira entidade representativa do nosso movimento cultural e social, fundado em 1956. Em 1975, o Centro dos Cineclubes promoveu uma mudança radical em sua organização e passou a chamar-se Federação Paulista de Cineclubes. Em 2007, por razões puramente burocráticas, assumimos a denominação formal de Federação de Cineclubes do Estado de São Paulo, mas muitos ainda nos referimos à nossa entidade pelo nome anterior.

A Federação reúne atualmente cerca de 50 cineclubes de todas as regiões do estado e que atuam em comunidades de bairros na capital e outras cidades grandes; estão presentes nas cidades médias e pequenas, onde já não há cinema, e em escolas e faculdades, ou junto a variadas associações, com formas de atuação e programações bem diversificadas.

Como todos os cineclubes que a constituem, a Federação é uma associação que se caracteriza pela organização democrática e pelo trabalho coletivo, não tendo finalidade lucrativa. Trabalha pela auto-organização do público, pelo reconhecimento dos seus direitos, pela conquista de políticas públicas que permitam o acesso da maioria da população à cultura, à arte, ao conhecimento e à informação correta, tendo como principal suporte as diferentes modalidades de comunicação audiovisual. Ou seja, as formas contemporâneas do cinema.

No Brasil – como na grande maioria dos países – a produção de poucas grandes corporações comerciais domina completamente o mercado, impondo não apenas um modelo estético muito pobre e limitado, mas que aniquila a expressão cultural cinematográfica brasileira, assim como a diversidade, excluindo igualmente as cinematografias de todo o mundo.

Ao estabelecer um mercado voltado exclusivamente para o negócio de Hollywood, gerou um cinema alienado, excludente, elitista, a que mais de 90% da população brasileira não tem acesso. Nessa realidade, o público do audiovisual é encarado e relegado ao papel de platéia passiva, de espectador submisso, de consumidor desprovido de interesses e inteligência, mero objeto e nunca sujeito do processo de comunicação.

Nossa Federação defende a valorização do cinema brasileiro – e, em especial o de produção independente – e a promoção do pluralismo cultural.

Os cineclubes paulistas, como os de todo o país, representam exatamente o esforço, e sobretudo o exemplo, para a criação de um outro modelo de audiovisual no Brasil, em que o público é o sujeito: consciente, organizado, capaz e livre para se expressar.

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