Madrigal (Feliciana Enríquez de Guzmán)

Disse o Amor, sentado nas beiras
de um córrego puro, manso e lento:
“Silêncio florzinhas,
não retorçais com o lascivo vento;
que dorme Galatea, e se desperta,
tendes por coisa certa
que não haveis de ser flores
em vendo suas cores,
nem eu de hoje mais Amor, se ela me olha”.
Tão doces flechas de seus olhos tira!

(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)

Madrigal
Feliciana Enríquez de Guzmán

Dijo el Amor, sentado a las orillas
de un arroyuelo puro, manso y lento:
“Silencio, florecillas,
no retocéis con el lascivo viento;
que duerme Galatea, y si despierta,
tened por cosa cierta
que no habéis de ser flores
en viendo sus colores,
ni yo de hoy más Amor, si ella me mira”.
¡Tan dulces flechas de sus ojos tira!

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